O
Instituto da Criança e do Adolescente (ICCA) vai retirar a criança, que foi
abusada sexualmente por mais de 40 indivíduos na localidade de Pontinha de
Janela, da casa dos familiares para enviá-la para um Centro de Emergência
Infantil de São Vicente. O ICCA reafirma ainda que a menina é a única vítima
deste caso e que por isso merece toda a protecção.
“É
um caso que estamos a acompanhar e vamos tomar as medidas necessárias. Já
conversámos com os familiares da menina para chamar atenção sobre as
responsabilidades que devem ter. O caso está a seguir os seus trâmites legais e
brevemente vamos retirar a criança da sua casa para albergá-la num dos nossos
centros de acolhimento e de protecção”, reage Iria Monteiro, delegada do ICCA
em Santo Antão.
Iria
alerta que a criança é única vítima e que por isso ela deve ser resguardada.
Diz ainda que, além de proteger, a família também deve denunciar. “A família
deve assumir as suas responsabilidades e a sociedade deve ajudar também porque
o ICCA sozinha não consegue. Temos uma linha grátis o 81020 para receber as
denuncias anónimas. Geralmente as crianças são vítimas e devemos
protegê-las".
Entretanto,
este não é o único caso de violação sexual de menores que abala a pacata
localidade do Paul. O asemanaonline reportou um caso de
violação colectiva de uma menor de 13 anos na localidade de Barraca em Setembro
de 2012. Mas, um ano e seis meses depois do ocorrido, o processo continua em
“banho-maria”.
Seis
dos oito arguidos ainda não foram julgados. Entretanto, dois dos indivíduos,
naturais do concelho vizinho da Ribeira Grande, confessaram o crime e já estão
presos na cadeia de Ponta do Sol. Já a menina, que também estava grávida, foi
encaminhada ao Centro de Acolhimento do ICCA em São Vicente, onde deu à luz.
Fonte: asemana.publ.cv