quarta-feira, 25 de março de 2015

CEDEAO PROPÕE ADIAMENTO DE PRESIDENCIAIS NO TOGO

Lomé, Togo (PANA) - O presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Ganense John Dramani Mahama(Foto), em visita de trabalho terça-feira em Lomé, propôs um adiamento de 10 dias das eleições presidenciais no Togo, soube a PANA de fontes oficiais na capital togolesa.

"Não é evidente que as eleições decorram a 15 de abril como previsto", declarou o chefe de Estado ganense, presidente em exercício da CEDEAO, propondo a data de 25 de abril, ou seja, dez dias mais tarde.


 John Dramani Mahama, que viajou para Lomé com uma equipa da CEDEAO, fez esta proposta após discussões com a classe política togolesa e com a instituição encarregada da gestão das eleições, na sequência dos problemas surgidos em relação ao ficheiro eleitoral, à transparência do escrutínio e às reformas defendidas pela oposição.

O Presidente ganense entrevistou-se, nomeadamente, com o chefe de Estado togolês, Faure Essozimna Gnassingbé, candidato à sua própria sucessão para um terceiro mandato, e com  com Jean-Pierre Fabre, chefe da oposição, igualmente candidato.

Noutros encontros, ele avistou-se com os três outros concorrentes da oposição, designadamente Gery Amaa, pelo partido NET  (Novo Engajamento de Cidadania); Aimé Tchaboré Guogué (Aliança dos Democratas para o Desenvolvimento Integral, ADDI); e Mohamed Tchassona Traoré (Movimento Cívico para a Democracia e Desenvolvimento, MCD).

Além disso, ele reuniu-se ainda com a Comissão Eleitoral Nacional Indepdentente (CENI) para analisar as preocupações levantadas pela oposição sobre questões de transparência do escrutínio.

Na ociasão, o chefe de Estado ganense exortou a classe política a evitar a violência para poupar as populações dos conflitos.

Antes da proposta de prorrogação da data do escrutínio, as presidenciais estavam previstas para 15 de abril próximo e a campanha eleitoral devia arrancar a 31 de março corrente.

Ainda não ho nenhuma reação à proposta da CEDEAO por parte dos partidos políticos, dos candidatos e das instituições gestoras do escrutínio.