Gostaria de pedir, aqui, permissão ao nosso ilustre artista Justino Delgado, para dizer umas palavras, a partir da sua canção dos finais dos anos oitenta, sobre a minha "CASA". A tradução é livre. Não pretendo, por isso, contribuir para a sua viciação. É que o tema é inspirador e sempre actual! MULHER, quero dizer-te que esta casa está em teu nome; não esqueças que sou eu o teu marido; que és linda e eu confio em ti; que mulheres bonitas são sempre famosas e que as amizades masculinas são sempre chatas. É claro que os amigos do teu marido são teus cunhados, mas, muitas das vezes, na tua ausência, costumam tornar-se em donos de casa. Mas, se um dia, amor, viesses a cometer a infidelidade e eu descobrir, juro-te que só se nessa altura não pensasse em ti como dona da minha cama, porque naquele dia ou tu sais de casa ou saio eu de casa. Estas janelas, MULHER, e os trincos das portas são as vozes destes pobres filhos que assustas tanto para não contarem ao pai o que se passa na nossa casa. Sempre que vou ao trabalho, dás café; quando volto do trabalho estas a dormir a sesta; quando viajo em missão no estrangeiro, os meus amigos ficam a tomar conta de casa, da cama...
Oh MULHER, mataste-me!
Oh MULHER, degolaste-me!
Oh MULHER, mataste-me!
Oh MULHER, degolaste-me!
VIVA JUJU DELGADO!
Oh MULHER, mataste-me!
Oh MULHER, degolaste-me!
Oh MULHER, mataste-me!
Oh MULHER, degolaste-me!
VIVA JUJU DELGADO!