“SAMBASSUGA STA NA NO METADI”
Compatriotas,
De todos os quadrantes ideológicos, chamo a vossa atenção pelo facto de ter chegado a hora de agirmos antes que seja tarde demais.
A hora de nos erguermos firmes em defesa da nossa constituição. Repelir todas
as manobras que visem inibir a nossa liberdade enquanto povo. A liberdade que
hoje respiramos custou sangue, suor e lágrimas e foi conquistada na década de 90, com o multipartidarismo, tendo culminando com a segunda República, como comentou sabiamente o
nosso compatriota Dr. Hélder Vaz, num debate na rádio, na semana passada. Os
vigaristas estarão contra esta nossa visão, mas a tentativa de expulsão do
deputado português, Daniel Campelo (insubmisso, que defendeu o “Queijo limiano”),
em Setembro de 2005, fez jurisprudência em matéria da destituição de deputados da
nação, por ter direccionado o seu sentido de voto em defesa do povo que o elegeu em detrimento da lista partidária em que participava.
Compatriotas,
Estamos em condições de
afirmar o seguinte: “se for necessário, pegaremos em armas para nos libertar,
de novo, do “centralismo democrático” do século passado (XIX), que a actual direcção
do PAIGC pretende impor aos seus militantes, e à nação guineense”.
Lutaremos com firmeza contra o retrocesso político, contra a escravatura político-partidária “dominguista”.
Nesta luta, contaremos com o apoio do nosso Presidente
da República. Sua Excelência Senhor Presidente da República da Guiné-Bissau, a
nossa convicção é de que, em África, ficou provado que os presidentes da
República, após o exercício do cargo que ocupam, continuam, mesmo assim, a ser
perseguidos pelos seus inimigos juramentados. Por isso não se distraia, Senhor Presidente, com a ilusão
de tentar angariar simpatia dos inimigos da Constituição da República, agradar “gregos e troianos”. Esse exercício, Excêlencia, não compensa hoje. A vida política dos primeiros magistrados da nação, na fase em que nos
encontramos, em África e na Guiné-Bissau, jamais poderá ser facilitada. Prova dessa
realidade são os acontecimentos políticos anteriores no nosso país que culminaram com mortes,
assassinatos e desterros de políticos.
Por outro lado, com a situação actual
na nossa terra, com a crise política no parlamento, podemos esperar tudo. Há
duas facções políticas a combater hoje no interior do PAIGC e no país. O cenário tende a reportar-nos, mais uma vez, à guerra civil
de 7 de Junho de 1998.
Só não vê quem não quer ver. Para Domingos Simões Pereira, “ou eu ou o
caos”! Está à vista de todos nós, a obsessão da sua corja pelo poder,
intoxicando a opinião pública com as suas acções subversivas e anticonstitucionais.
Os factos são: 1) na comemoração do dia 3 de Agosto passado, entraram no país mercenários
(rebeldes de casamansa) a mando de Domingos
Simões Pereira, com o objectivo de assassinar o nosso Presidente da
República. A conspiração foi abortada pelos "cidadãos anónimos" deste país; 2) o actual
presidente do PAIGC - querendo transmitir o sinal de perseguição interna, aos
seus apoiantes no exterior - adquiriu de forma abusiva e descontrolada quatro
viaturas (tanques) blindadas e fortemente armadas, para protecção da sua pessoa.
É o único no país (pobre) com esse tipo de carros; 3) no dia 15 de Janeiro, Domingos Simões Pereira terá planeado uma
intentona para inverter a situação política em seu favor. A situação voltou a
ser ultrapassada e sem sobressaltos pelos "cidadãos anónimos" e amantes da paz na
nossa terra; 4) inclusive, tem-se a informação de entrada no nosso território
de mercenários árabes e alemães, sem serem revistados nas fronteiras, a mando do barão da droga, Domingos Simões Pereira.
Atenção: fora o alarmismo, “à terceira é de vez”!