quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

“SAMBASSUGA STA NA NO METADI”
 
Compatriotas
 
De todos os quadrantes ideológicos, chamo a vossa atenção pelo facto de ter chegado a hora de agirmos antes que seja tarde demais. A hora de nos erguermos firmes em defesa da nossa constituição. Repelir todas as manobras que visem inibir a nossa liberdade enquanto povo. A liberdade que hoje respiramos custou sangue, suor e lágrimas e foi conquistada na década de 90, com o multipartidarismo, tendo culminando com a segunda República, como comentou sabiamente o nosso compatriota Dr. Hélder Vaz, num debate na rádio, na semana passada. Os vigaristas estarão contra esta nossa visão, mas a tentativa de expulsão do deputado português, Daniel Campelo (insubmisso, que defendeu o “Queijo limiano”), em Setembro de 2005, fez jurisprudência em matéria da destituição de deputados da nação, por ter direccionado o seu sentido de voto em defesa do povo que o elegeu em detrimento da lista partidária em que participava.
 
Compatriotas
Estamos em condições de afirmar o seguinte: “se for necessário, pegaremos em armas para nos libertar, de novo, do “centralismo democrático” do século passado (XIX), que a actual direcção do PAIGC pretende impor aos seus militantes, e à nação guineense”.
Lutaremos com firmeza contra o retrocesso político, contra a escravatura político-partidária “dominguista”. 
 
Nesta luta, contaremos com o apoio do nosso Presidente da República. Sua Excelência Senhor Presidente da República da Guiné-Bissau, a nossa convicção é de que, em África, ficou provado que os presidentes da República, após o exercício do cargo que ocupam, continuam, mesmo assim, a ser perseguidos pelos seus inimigos juramentados. Por isso não se distraia, Senhor Presidente,  com a ilusão de tentar angariar simpatia dos inimigos da Constituição da República, agradar “gregos e troianos”. Esse exercício, Excêlencia, não compensa hoje. A vida política dos primeiros magistrados da nação, na fase em que nos encontramos, em África e na Guiné-Bissau, jamais poderá ser facilitada. Prova dessa realidade são os acontecimentos políticos anteriores no nosso país que culminaram com mortes, assassinatos e desterros de políticos.
 
Por outro lado, com a situação actual na nossa terra, com a crise política no parlamento, podemos esperar tudo. Há duas facções políticas a combater hoje no interior do PAIGC e no país. O cenário tende a reportar-nos, mais uma vez, à guerra civil de 7 de Junho de 1998.
 
Só não vê quem não quer ver. Para Domingos Simões Pereira, “ou eu ou o caos”! Está à vista de todos nós, a obsessão da sua corja pelo poder, intoxicando a opinião pública com as suas acções subversivas e anticonstitucionais. Os factos são: 1) na comemoração do dia 3 de Agosto passado, entraram no país mercenários (rebeldes de casamansa) a mando de Domingos Simões Pereira, com o objectivo de assassinar o nosso Presidente da República. A conspiração foi abortada pelos "cidadãos anónimos" deste país; 2) o actual presidente do PAIGC - querendo transmitir o sinal de perseguição interna, aos seus apoiantes no exterior - adquiriu de forma abusiva e descontrolada quatro viaturas (tanques) blindadas e fortemente armadas, para protecção da sua pessoa. É o único no país (pobre) com esse tipo de carros; 3) no dia 15 de Janeiro, Domingos Simões Pereira terá planeado uma intentona para inverter a situação política em seu favor. A situação voltou a ser ultrapassada e sem sobressaltos pelos "cidadãos anónimos" e amantes da paz na nossa terra; 4) inclusive, tem-se a informação de entrada no nosso território de mercenários árabes e alemães, sem serem revistados nas fronteiras, a mando do barão da droga, Domingos Simões Pereira.
 
Atenção: fora o alarmismo, “à terceira é de vez”!