Fonte: Doka Internacional Denunciante e Íntegro (DIDI)
Obrigado Doka, estamos juntos.
Esta mensagem é uma tentativa de resposta ao nosso simpático amigo Emplastro e não só. Pois bem, seja a bem ou a mal, gostemos ou não do que foi o regime de Nino Vieira, humanamente, sentimos na obrigação (política) de concluir os processos que envolvem os crimes de sangue na nossa terra, ocorridos nos últimos anos, sob pena de sermos confrontados, mais uma vez, com situações em que povo seja obrigado a decidir, ele próprio, fazer Justiça "pelas suas próprias mãos".
Posso adiantar-vos que o apelo do Presente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, para a conclusão desses processos não deve cair em saco roto. Ele é a persecução da intenção do ex-Presidente Malam Bacai Sanhá. Consta, no entanto, que uma das causas da sua morte prende-se com persistência para o Estado esclarecesses e sancionasse os implicados nessas mortes.
É minha obrigação informar-lhes, também, de que o tamanho da nossa dor e sofrimento pelos bárbaros assassinatos políticos de Nino Vieira e Tagme Na Waie abalou a nação, tendo atingido a dimensão política resultante da queda das Torres gémeas em 11 de Setembro em Nova Iorque ou até do recente assassinato cometido no dia 7 de Janeiro passado em Paris, no jornal satírico Charlie Hebdo, que mudou o discurso político na Europa e no mundo inteiro.
Faço um desenho para que todos percebam melhor: No México, o Governo capturou, ontem, o líder do cartel dos Zetas, Omar T. Morales (o Z-42), responsável pela morte de 52 pessoas no casino Moterrey em 2011, e muito mais assassinatos cometidos por esses bandidos. Pergunto: será que o Estado mexicano deveria "deitar a toalha ao chão", alegando a "incapacidade" de investigar e capturar o "Z-42", oferecendo "recompensas" aos familiares das vítimas mortais e não só, para abafar os casos? Não foi isso que aconteceu!
Não há, pois, "cheque" deste mundo que faça ressuscitar um ente querido ou que apague a sua lembrança. E não se admite que o Governo de Nhu Pó, na pessoa de Jezabel, na qualidade de Ministra da área, pronuncie um discurso, na cerimónia de novo ano judicial, tentando branquear esses factos políticos candentes na nossa memória colectiva. Os argumentos museológicos, para mim, não pegam. Na política nacional guineense, os processos envolvendo crimes de sangue são básicos, ou seja, são condição "sine qua non" se pode avançar com mais nenhuma ideia nessa área da governação. Portanto, todos nós escutamos o pedido (exortação) do Presidente da República, José Mário Vaz, no que concerne a esses caso. E tem servido de bússola para todos nós.