terça-feira, 3 de março de 2015

RELAÇÕES TENSAS EM BISSAU

Resultado de imagem para jomav domingos simoes pereiraQuando se fala da Guiné Bissau, não raro é falar- se de instabilidade, de golpes de estado e de pobreza. Desde o golpe de 12 de Abril de 2012 que acresceram a estas referências uma ainda mais negativa que é da ligação do país ao tráfico de droga.

Mas os boatos valem o que valem e o que é importante nas relações internacionais que trazem a credibilidade do Estado, é que se perceba que as autoridades estão a trabalhar no sentido de construir uma sociedade mais justa, desenvolvida, social e economicamente. A eleição do Presidente da República já leva quase 8 meses e o governo dirigido por Domingos Simões Pereira também Presidente do P.A.I.G.C. , tendo dado mostras de grande actividade diplomática e de construção de imagem do próprio pouco tem feito na dinamização da economia e na regulamentação de actividades que são cruciais a construção de um país justo.

 O sentir da população nomeadamente dos mais jovens e letrados, vê- se e lê- se nos blogs e outras redes sociais e não mostra, ao contrário do que parece ser a preocupação do Presidente da República, uma satisfação com o papel do governo.

 O regime semi- presidencialista gera sempre dúvidas sobre competências aos vários níveis e entre o Presidente, Presidente da Assembleia Nacional Popular e primeiro- ministro as situações e relações não são claras.

 O PAIGC não está satisfeito com a constituição e um governo de coligação quando o partido teve a maioria absoluta nas eleições, embora esta decisão de Domingos Simões Pereira lhe tenha granjeado prestigio internacional, a dotação orçamental do parlamento não agradou ao presidente do mesmo as questões de relações externas, segurança interna e externa, ordem pública e defesa não teem sido coordenadas com a Presidência da República e aquilo que seria ótimo, uma saudável separação mas uma institucional interdependência entre órgãos de soberania não tem existido.

 Das leituras dos blogs nota- se facilmente que o primeiro ministro , ou alguém em seu nome, tenta passar a ideia de que o Presidente é uma " força de bloqueio ", constando, nos fóruns internacionais, que o chefe de governo se " queixa " no estrangeiro desse bloqueio.

 Fontes próximas do partido dizem que algumas deselegâncias- para não dizer mais- teem sido tidas para com a Presidência da República, nomeadamente o encerramento da fronteira Sul entre a Guiné Bissau e a República de Guiné Conacri sem conhecimento de José Mário Vaz ou o anúncio público de chamada a Guiné Bissau de uma força militar da CPLP sem que o PR tivesse sido informado previamente.

 Acrescentaram ainda, declarações públicas do PM em desabono da acção do PR e, mesmo deselegâncias verbais de alguns membros do governo para com o PR como demonstrações de recusa de cooperação interinstitucional.

 E se na politica, as coisas não vão bem, na economia a situação não é melhor.
O contrato com a portuguesa EUROATLANTIC foi feito sem concurso público, o contrato das areias pesadas do Varela esta a contaminar solos e águas, as privatizações das empresas Guiné Telecom e ABGB entre outras, são apontadas como tendo sido feitas a revelia do conhecimento do PR, mesmo sedo estratégicas no país.  De tudo isso se fala nas diferentes redes sociais.
 
Fonte: Manuel Fernandes- www.oje.pt in Doka Internacional
Quinta feira, 26 de Fevereiro 2015
Obrigado mano Doka, estamos juntos.