Por: Fernando Casimiro (nosso Didinho), via facebook
Mais uma vez, o Presidente do PAIGC e ex-Primeiro-ministro não soube demonstrar sentido de Estado.
Num fórum que não tem nada a ver com as denúncias que fez, ignorou as suas responsabilidades enquanto Deputado da Nação para pôr em causa a figura do Presidente da República.
Não se pretende defender o Presidente da República e oxalá ao ex-Primeiro-ministro, Presidente do PAIGC e Deputado da Nação, seja levantada a imunidade parlamentar para poder ser ouvido pelo Ministério-Público sobre as denúncias públicas feitas por ele próprio, a bem do esclarecimento nacional dessas denúncias.
Mesmo que o PAIGC tivesse as informações que foram dadas a conhecer pelo seu Presidente, ainda que, sem serem concludentes, o fórum para essa abordagem seria a Assembleia Nacional Popular, através do líder da sua Bancada Parlamentar, chamando ao Parlamento para interpelação, o Ministro de Estado e do Interior, o Ministro da Defesa Nacional e o Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros.
O ex-Primeiro-ministro, Presidente do PAIGC e Deputado da Nação, preferiu, contudo, ser uma vez mais, a voz de mais uma denúncia grave, pois já não consegue disfarçar a pessoalização da crise política entre ele e o Presidente da República.
Quando é que o ex-Primeiro-ministro, Presidente do PAIGC e Deputado da Nação vai ganhar maturidade política para saber lidar com assuntos de Estado, ele que é também, homem de Estado?
Didinho 18.07.2016
Lusa, 18 Jul, 2016 - Um avião com proveniência e carga desconhecida aterrou numa madrugada da última semana no aeroporto de Bissau, disseram hoje à Lusa diferentes fontes diplomáticas, após uma denúncia feita no sábado pelo ex-primeiro-ministro e líder do PAIGC.
Domingos Simões Perira alertou para a entrada no país de um "avião fantasma" com carga desconhecida e que foi recebido pelo chefe da casa civil da Presidência guineense.
A denúncia foi feita numa conferência de imprensa do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições legislativas de 2014 na Guiné-Bissau, mas arredado do poder.
"Queremos explicações sobre a real proveniência e carga do avião fantasma que recentemente visitou o nosso país, tendo sido recebido pelo chefe da Casa Civil da Presidência", refere-se num documento distribuído pelo partido aos jornalistas.
Questionado sobre o assunto após a conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira insistiu na necessidade de haver esclarecimentos.
"Num Estado de direito, sempre que há a chegada ou saída do território nacional de entidades com patentes e bandeiras de outra nacionalidade, fazem-no sob duas coberturas: ou há um contrato comercial que permite a vinda regular dessa entidade ou tem que haver uma entidade política que se responsabiliza para esse efeito", referiu.
Ou seja, o assunto "não pode ficar no abstrato, sem que ninguém saiba do que se trata", concluiu.
A Lusa tentou obter uma reação por parte da Presidência guineense, que remeteu eventuais esclarecimentos para mais tarde.
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