Se pensam que vão incendiar a Guiné-Bissau, estão completamente enganados. Não vamos permitir que grupos ou pessoas por detrás de certas organizações com interesses obscuros desestabilizem o nosso país, os interesses de todos os guineenses sobrepõem os interesses desses grupos ou pessoas. Há muitos anos que a ONU está na Guiné-Bissau para ajudar resolver certos problemas internos, mas tem demonstrado incapacidade na busca de soluções, ou seja, complica ainda mais as coisas com o propósito de manter o escritório aberto e consequentemente receber mais fundos que nunca são aplicados na sua totalidade no nosso país. O representante da ONU na Guiné-Bissau, Modibo Touré, como signatário do (des)acordo de Conacri, já devia desmentir o PAIGCWOOD sobre escolha consensual em Conacri do Augusto Olivais como Primeiro-ministro, mas não desmentiu essa força política porque está interessado que a situação piore, assim conseguirá justificar a manutenção do posto, por incrível que pareça é assim que funcionam as organizações que dominam o mundo. Se houvesse consenso em Conacri quanto o nome do Primeiro-ministro, e por uma questão de verdade e transparência, o Modibo Touré, representante da ONU como parte signatária, deveria apresentar a ata assinada por todos como prova.
Representante especial do secretário-geral, Modibo Touré, afirmou que situação política no país evoluiu desde seu último informe ao órgão em fevereiro; embaixador brasileiro falou sobre recente viagem a Bissau.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
O representante especial do secretário-geral na Guiné-Bissau, Modibo Touré, fez um informe ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira e atualizou o órgão sobre a crise política no país que já dura dois anos.
O último relatório do secretário-geral sobre a Guiné-Bissau afirma que não houve progresso em direção à implementação do Acordo de Conacri, que foi negociado em outubro passado pela Comunidade Económica da África Ocidental, Cedeao, para resolver a crise.
Eleições
O relatório cita ainda que, na ausência de uma solução para a crise política, existe um risco de que a situação política e de segurança piore, especialmente com a aproximação de eleições legislativas previstas para maio de 2018.
O representante especial do secretário-geral, Modibo Touré, disse ao Conselho que a situação política na Guiné-Bissau evoluiu desde seu último informe ao órgão em fevereiro.
Touré, que é chefe do Escritório de Consolidação da Paz das Nações Unidas no país, Uniogbis, afirmou que a resolução da crise na Guiné-Bissau, dentro da plataforma do Acordo de Conacri, exige apoio e envolvimento da comunidade internacional. Ele defendeu ainda que existem condições essenciais para a implementação do tratado.
Brasil
O embaixador do Brasil junto à ONU, Mauro Vieira, lidera a Configuração Guiné-Bissau da Comissão da Constituição da Paz das Nações Unidas e falou ao Conselho de Segurança sobre sua recente visita ao país e à Portugal para discutir a crise.
Falando em inglês, Vieira fez um apelo a todos os atores políticos para que se envolvam em um diálogo nacional tendo em vista a implementação do Mapa de Seis Pontos de Bissau e o Acordo de Conacri.
Entre outros pontos, o embaixador brasileiro também parabenizou as forças armadas da Guiné-Bissau por seu respeito à Constituição.