Os armadores europeus e seus superiores que ao longo das décadas exploram o nosso mar e dão migalhas aos guineenses, ainda não perceberam que a Guiné-Bissau mudou com ascensão do JOMAV à presidência da República e a sua equipa(governo patriótico), pensam que as coisas ainda funcionam como funcionavam antigamente.
Para aqueles que não sabem, a União Europeia paga somas avultadas de dinheiro (90 milhões de Euros anuais ou 120 milhões de Euros anuais) aos países vizinhos da Guiné-Bissau para poder pescar nos seus mares, enquanto que na Guiné-Bissau paga apenas 9,5 milhões de Euros anuais, uma diferença colossal de valores monetários que o nosso Presidente e governo querem mudar. Na Última ronda negocial que teve lugar em Bruxelas, os Europeus estavam dispostos a aumentar a contrapartida financeira de 9,5 milhões de Euros anuais para 60 milhões de Euros anuais, mas o nosso governo recusou esse montante, ou seja, quer um montante igual ao montante(90 ou 120 milhões de Euros anuais) pago aos países vizinhos, entre os quais, o Senegal, Mauritânia, etc. Viva JOMAV! Homem certo no lugar certo. Viva o governo da Guiné-Bissau! Estamos convosco, não cedam as pressões e chantagens dos gatunos. Chega de exploração e roubalheira.
O primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje à agência Lusa que espera chegar a um acordo com a União Europeia sobre as pescas no próximo mês de setembro.
"Estamos a negociar e penso que no próximo mês vamos concluir os acordos onde nós não vamos pretender lesar a União Europeia, nem a União Europeia lesar a Guiné-Bissau, que nunca foi o caso", afirmou.
O primeiro-ministro guineense explicou também que a União Europeia é um "grande parceiro" do país, mas que o acordo de pescas não era negociado há uns anos.
"Cada Governo que vem tem a sua visão e a sua forma de negociar e de estar", disse.
A União Europeia e a Guiné-Bissau não conseguiram chegar a acordo sobre o novo acordo de pesca na quarta ronda de negociações.
A 30 de junho, fonte europeia informou que a quarta ronda de negociações do acordo de pescas entre a União Europeia e a Guiné-Bissau foi marcada por "divergências", nomeadamente a nível da contrapartida financeira europeia.
No entanto, segundo a mesma fonte, as duas partes mostraram vontade de regressar em breve às negociações, de modo a ultrapassar questões financeiras e técnicas que permitam a entrada em vigor do acordo, em novembro.
A contrapartida financeira que a União Europeia (UE) paga para os seus navios, nomeadamente portugueses, poderem pescar nas águas guineenses é "a principal divergência", salientou a fonte europeia.
Bruxelas contribui com 9,5 milhões de euros anuais (os acordos são renegociados a cada quatro anos) e Bissau quer ver essa verba aumentada.
A Comissão Europeia quer que a contribuição financeira "seja baseada numa avaliação séria e mais realista dos preços e modalidades".
Por outro lado, segundo a mesma fonte, falta o acordo para aplicar um sistema de quotas de pesca, tendo Bruxelas declarado a sua disponibilidade para ajudar a Guiné-Bissau a nível técnico, no sistema eletrónico de controlo das capturas.
No entanto, a UE considera que o Sistema de quotas proposto pela Guiné "colocaria um peso desproporcional sobre a frota da UE, o que tornaria suas atividades economicamente inviáveis".
Já Bissau, através do seu ministro das Pescas, Orlando Viegas, afirmou que o Governo guineense considera "pouco o que a União Europeia paga para ter acesso aos recursos" do país.
MSE (MB/IG) // PJA