O Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Biaguê Nan Tam, voltou a afirmar esta quinta-feira, 16 de Novembro 2017, que as recentes especulações veiculadas nos órgãos de comunicação social segundo as quais ele terá pedido demissão do seu cargo e avançado com o nome do eventual substituto, não correspondem minimante à verdade.
Biaguê Nan Tam que falava na cerimónia das comemorações de quinquagésimo terceiro aniversário (53°) das Forças Armadas Guineense, realizada na Fortaleza de Amura, sublinhou que “graças a liderança ponderada e equilibrada” da atual direção das forças armadas, o país está respirar com ar de alívio, permitindo deste modo que as instituições políticas do país desempenhem em segurança as funções que lhes foram confiadas por lei.
“Estamos a comemorar hoje dia das forças armadas guineenses, três anos depois da minha nomeação ao cargo de Chefe de Estado, e pode-se registar os feitos positivos no exército nacional, nomeadamente a restruturação das forças armadas, sessões de formação externa, capacitação dos oficiais subalternos e sargentos no Centro de Formação Militar de Cumeré, reabilitação de casernas militares em Amura, reativação dos acordos militares com países amigos e recrutamento dos mancebos, cujo processo de formação está em curso no Centro de Recrutamento de Cumeré” espelhou Biaguê Nan Tam.
O responsável máximo dos militares guineenses informou que com advento de multipartidarismo em 1991, as forças armadas tornaram-se apartidárias, deixando de ser braço armado de nenhuma formação política. O general reconhece que apesar da despartidarização como consequência do artigo quarto da Constituição, as forças armadas não conseguiram escapar das influências nefastas da política partidária, o que levou em 1998 o país a mergulhar numa crise político-militar sem precedente que dividiu a classe castrense até um passado bem recente em 2014.
“O meu sonho de cada dia é de transformar as nossas forças armadas num exército de referência a nível da sub-região emobra não se sabe com exatidão quando este meu sonho tornar-se-á numa realidade”, enfatizou Chefe de Estado Maior.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Malú, presente no ato assegurou que a forma como a atual direção das forças armadas guineenses estão a valorizar as infraestruturas militares constitui uma mudança estrutural que tem a sua consequência em mudança da mentalidade que pressupõe o desenvolvimento de qualquer nação.
De recordar que nas comemorações de quinquagésimo terceiro aniversário das forças armadas guineenses, foi inaugurado o “Hotel 16 de Novembro”, antigo clube das FARP, reabilitado pela engenheria militar guineense.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: AA
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