Radio Sol Mansi, 24-11-2017 - No quadro do projecto “Bo fia, bo pudi (acreditem, vocês podem, tradução livre) ” Mani Tese e congregação dos Josefinos de Murialdo (ENGIN) realizaram, durante toda esta sexta-feira (24), conferência sobre o lema “empresas e cooperativismo como motor do desenvolvimento da Guiné-Bissau”.
“Bo fia bo pudi” é um projecto para a promoção do emprego dos jovens da Guiné-Bissau, financiado pela União Europeia e executado pela Congregação dos Josefinos de Murialdo (ENGIM) e Mani Tesi.
Após o ato da abertura da conferência o representante do ministro da energia e da indústria, Augusto Mendes Pereira, afirma que não há regime nenhum que sobreviva e sobretudo que fortaleça “se não tiver as suas empresas e se não assentar em empresas fortes.
“Seja do que área for ou seja sem as empresas fortes não há vida social e económica do progresso”, sustenta Mendes Pereira que lamenta ainda a situação do país sendo que “o nível do desenvolvimento do país não permite que as pessoas pensem em grandes unidades empresariais”.
“Daí que o papel do cooperativismo é muito importante”, defende Mendes Pereira que alerta na necessidade de partir do pouco que o país tem para o seu desenvolvimento.
Para o representante de Mani Tese, Mateus Waclers, a Guiné-Bissau é um país de grandes oportunidades.
“Sabemos as dificuldades que cada dia os jovens têm em termo de formação de qualidade e um trabalho digno”, lamenta Mateus que lembra que “tudo é possível se cada pessoa tomar o empenho com a comunidade e, no entanto, pediu os jovens para acreditarem e lutarem para que os seus futuros sejam melhores.
Lúcio Ferraro, representante de ENGIM, que considera de positivo os trabalhos do projecto destaca principais objectivos do projecto.
“É um projecto que visa criar possibilidade de emprego para os jovens e que visa a criação de actividades geradoras de rendimentos e a possibilidade de reforçar o mundo de trabalho da Guiné-Bissau”, explica.
A conferência visa proporcionar um encontro entre as autoridades públicas, as organizações da sociedade civil, jovens profissionais, empreendedores e especialistas no sector das empresas e do mundo de cooperativismo para debater a possibilidade de fazer empresas para o desenvolvimento do país.
Os participantes tiveram a oportunidade de assistir apresentações de temas como, incubadora e empreendedorismo na Guiné-Bissau, oportunidades para os jovens, empresas na Guiné-Bissau, um estudo sobre o mundo das empresas de jovens e mulheres na Guiné-Bissau, apresentação de alguns empreendedores e cooperativas de sucesso no país e por último apresentação teatral com o tema o desenvolvimento começa através dos jovens.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes