quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU REQUER PRESENÇA INTERNACIONAL CONTÍNUA

Tudo treta, a própria ONU é um dos desestabilizadores da Guiné-Bissau. O lema da ONU ao longo das décadas no nosso país tem sido o mesmo, ou seja, a Guiné-Bissau deve permanecer instável até que seja implementado um regime submisso ao serviço de grandes  lobbies  ávidos pelas nossas riquezas.
  
Para quando uma manifestação em Bissau para exigir o encerramento da sede da ONU no nosso país?

A verdade é que desde que a ONU se instalou no nosso país a crise também se instalou, ou seja, o escritório dessa organização mafiosa que só vive de sangue e lagrimas dos inocentes  é um dos laboratórios da instabilidade crónica que tem assolado o nosso país há décadas. Se a ONU não consegue ajudar resolver os nossos problemas internos, porquê e para quê manter aberto o escritório no nosso país? Chega de intromissão e falta de respeito!

O prolongamento da crise política guineense requer a presença contínua da ONU na Guiné-Bissau, defendeu o representante especial do secretário-geral da organização para o país lusófono na sessão de quarta-feira do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Citado hoje pela UN News, Modibo Touré sustentou que, face à continuação da crise, a ONU tem de manter o foco no apoio aos esforços dos líderes guineense para a nomeação de um primeiro-ministro "aceitável", na criação de um Governo inclusivo, na organização de eleições e na implementação das reformas prioritárias.
"Após vários anos de um investimento de longo prazo na estabilidade na Guiné-Bissau, é chegada a hora de consolidar e recolher os dividendos dos nossos esforços. É vital que acompanhemos este processo até ao fim", sublinhou.

Touré destacou a importância de o Conselho de Segurança da ONU continuar a reafirmar o apoio ao Acordo de Conacri (assinado a 14 de outubro de 2016), reiterando paralelamente que está ao lado dos esforços de mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Entre outros pontos, o Acordo de Conacri prevê a nomeação de um primeiro-ministro "consensual", algo que não acontece com Artur Silva, o antigo chefe da diplomacia guineense que se tornou o mais recente chefe de Governo, escolhido pelo Presidente José Mário Vaz, e que não é aceite no país.
Segundo o Departamento para as Questões Políticas da ONU, a Guiné-Bissau tem sido assolada pela crónica instabilidade política, sobretudo depois da abertura ao pluralismo democrático, em 1991, e, mais especificamente, depois do conflito político-militar de 1998/99.
Este departamento das Nações Unidas apoia e fiscaliza a missão da ONU na Guiné-Bissau, a UNIOGBIS, no país desde 1999, e liderada por Touré desde 2016.
Na reunião de quarta-feira com os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, Touré deu conta dos mais recentes desenvolvimentos políticos, lembrando que José Mário Vaz demitiu o anterior Governo de Umaro Sissoco Embaló, e substituí-o por Artur Silva.
"A ausência de um Governo em funções e estável há mais de três anos tem limitado a capacidade da UNIOGBIS de implementar na prática vários dois seus objetivos", referiu o representante especial de António Guterres para a Guiné-Bissau.
Até ao final do ciclo eleitoral, em 2019, a Guiné-Bissau continuará a ser um país que requer uma presença dedicada das Nações Unidas para evitar uma ainda maior deterioração da situação política e securitária a nível nacional, acrescentou Touré.
Para Touré, essa "presença dedicada" ajudará também a evitar "efeitos negativos" nos países vizinhos (Senegal e Guiné-Conacri), criando "território fértil para vários tipos de tráfico".
"Será muito importante que, pelo menos por mais um ano, as Nações Unidas se mantenham empenhadas nos esforços de pacificação no país e que continua a apoiar a intervenção da CEDEAO para resolver a crise política", defendeu.
JSD // PJA