quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

JACOB ZUMA DEMITE-SE COM “EFEITO IMEDIATO”

O presidente da África do Sul pediu a demissão. Jacob Zuma, no poder desde 2009, é suspeito de vários crimes de corrupção e tem sofrido várias pressões para se demitir nas últimas semanas.
 
O presidente da África do Sul apresentou a demissão. De acordo com a BBC, Jacob Zuma divulgou a sua decisão através de um comunicado na televisão, na noite desta quarta-feira, onde declarou ter servido “o povo da África do Sul com as melhores das suas capacidades”.
 
Esta terça-feira, o Congresso Nacional Africano (ANC) tinha emitido uma ordem a Jacob Zuma, para que apresentasse a sua demissão do cargo.
 

O partido de Jacob Zuma, o Congresso Nacional Africano, está reunido em Pretória para, como afirmou o seu líder, Cyril Ramaphosa, “finalizar” a questão da saída antecipada do Presidente da África do Sul.
 
Os 107 membros do Conselho Nacional Executivo do ANC estiveram reunidos num hotel da capital sul-africana para uma decisão sobre o futuro do Presidente da África do Sul.
 
O conselho tem o poder de “lembrar” Jacob Zuma sobre o ocorrido em 2008, quando o Presidente Thabo Mbeki, que sucedeu no cargo a Nelson Mandela, renunciou por falta de apoio do ANC no parlamento.
 
Depois de ter ultrapassado sete moções anteriormente, o Presidente Zuma iria enfrentar no dia 22 uma nova moção de censura parlamentar, pedida por um partido da oposição.
 
Após deixar a presidência da formação no último congresso do ANC, em dezembro, a favor de Ramaphosa — que não era o seu candidato preferido —, a pressão para que o chefe de Estado abandone o poder aumentou, especialmente nas últimas semanas.
 
Zuma, no poder desde 2009, é suspeito de uma longa lista de crimes que englobam casos de corrupção relacionados com a compra de equipamento militar na década de 1990, negócios de que o presidente sul-africano pode ter beneficiado diretamente.
 
 

ANC exige a demissão de Jacob Zuma

 
O Congresso Nacional Africano (ANC) deu ordem ao Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, para apresentar a sua demissão do cargo. Se resistir, o partido vai votar moção de censura no parlamento. Ler mais
 
Por João de Almeida Dias, Agência Lusa