domingo, 13 de outubro de 2013

CARTA DE ADVERTÊNCIA…

Não queiram Vossas Excelências que a Guiné-Bissau se transforme numa Libéria do século XXI…

Encontramo-nos, hoje, num patamar de “disputa política” cuja estratégia consiste em obliteração - por todos os meios e caminhos - da “legitimidade histórica do Estado guineense”. São investidas sistemáticas para o definhamento da liberdade alcançado com suor e sangue do nosso povo. Fato heroicos e históricos reconhecidos pelas Nações Unidas e intrínsecos ao contrato social nacional, que jamais poderão ser beliscados sejam por que grupos ou indivíduos forem. Juro que serei todos os dias “golpista” e despojarei qualquer governo ou líder que ultrajasse a minha liberdade e a história deste meu povo mártir!

 Tem-se desenvolvido ações reacionárias teleguiadas de incitamento à violência com o objetivo claro de desafiar e desacreditar a autoridade do Estado na nossa terra. Todos sabemos que trata-se de correntes arcaicas propalando o “regresso dos tugas”. Derrotadas em todos os palcos internacionais. Os países promotores dessa campanha, escusaram-se, inclusivamente, de nos felicitar pelo aniversário da nossa independência. Em desespero de causa, socorrem-se, agora, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), que se transformou na sua boca de aluguer, a nível interno para legitimar os seus propósitos expansionistas. Pergunto: como é que se pode admitir que um grupo de cidadãos - movidos por um simples boato – faça justiça com as suas próprias mãos, agredindo cidadãos estrangeiros, atacando embaixadas, incendiando automóveis, etc.? Não serão ações encomendadas para desacreditar a CEDEAO? Como disse o ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, Dr. Nurudeen Mohammed, “essa manifestação espontânea teria sido causada pela raiva contra a Nigéria e o nosso papel na restauração da ordem democrática civil” na Guiné-Bissau. E de onde vem a cobiça?

 Segundo noticiou Angop, do dia 11 de Outubro, o Presidente de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo, recebeu uma “carta de advertência” no dia 19 de Setembro, intitulada “Situaçao dos Direitos Humanos” assinada pelos representantes especiais do secretário-geral da ONU, José Manuel Ramos-Horta, e do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Ansumana Ceesay, com o seguinte teor: “Temos de deixar aqui expresso que, a verificar-se a continuação desses actos de abuso de poder, prepotência e violação de direitos humanos, o Conselho de Segurança accionará os mecanismos para sancionar as instituições e/ou individualidades, civis e militares implicadas".

Terão que nos sancionar a todos, mas na Guiné-Bissau não haverá atos de xenofobia, banditismo e terrorismo. A lei e a ordem têm que imperar para que possamos todos viver em paz e em liberdade.