Um menor de 13 anos de idade, de origem asiática, foi assassinado sábado, por sequestradores na cidade da Beira. Em causa está o facto de a família ter revelado à polícia todas as pistas acordadas com os malfeitores para o pagamento do resgate do menor.
A criança foi raptada na passada terça-feira, supostamente, quando regressava da escola. Os pais desesperados procuraram-na em todos os cantos da cidade, incluindo hospitais e esquadras da polícia, mas só no dia seguinte, isto é, quarta-feira, é que receberam chamadas dos raptores a confirmarem o sequestro e a exigir, para o resgate, um milhão de dólares, equivalentes a cerca de 30 milhões de meticais.
Não dispondo do valor, os familiares do menor negociaram com os “bandidos”, tendo os mesmos baixado de 30 milhões de meticais para 10 milhões, mas a família disse que também não dispunha desse valor. Depois, os malfeitores reduziram o valor para 5 milhões e, finalmente, fixam-no em um milhão de meticais, segundo dados revelados pela mãe do finado.
Mas, mesmo assim, a família teve dificuldades em arranjar esse dinheiro e hipotecou todos os seus bens, incluindo a casa onde vive, os txopelas que têm e o restaurante, para conseguir um milhão de meticais exigido pelos sequestradores.
E, para pressionar a família, os malfeitores enviaram um vídeo da criança a pedir a mãe para pagar o valor do resgate, porque ele estava a passar mal no cativeiro, não conseguia comer e nem beber nada. “Mãe, ajuda-me, por favor! pague o que eles querem, estou a passar mal aqui”, diz o menino no vídeo a que tivemos acesso.