Caro senhor Primeiro-ministro, Eng.º Rui Barros e toda a equipa da berlinda, políticos em geral, meus senhores e minhas senhoras.
Volto a dizer-vos daqui do mercado de Bandim, que ninguém me encomendou o sermão, mas tenho uma espinha atravessada no pescoço. É bom que saibam que quando faço ou participo na revolução é porque quero que o país ande para frente, que melhore e que não fique a marcar passo, a repetir os erros do passado.
A história recente ensinou-nos muita coisa, mas volto a chamar-vos atenção de que a Guiné não é aquela gaja vadia que você engata por uma noite, não!
Vejo com os meus olhos que muitos de vós que aí está, é como não estivessem. Estão dispostos a sacudir água do capote, logo na primeira curva.
Estamos na “kambansa” e não podemos falhar. Engana-se quem pensar que pode ludibriar o povo! Enquanto cidadão, tenho direito de recusar governos compostos por gatunos, a surripiar o erário público.
Os nossos filhos têm direito a escola, o salário dos trabalhadores não é esmola ou caridade, mas sim o resultado do seu suor.
Pergunto: porquê que se acotovelam pelo poder, se dentro de vós tendes a consciência da vossa imaturidade política para assumir a direção da sociedade?
A liberdade não se pode confundir com a anarquia. Passaram 40 anos à “pfuam”!
Desejamos uma governação pacífica e progressiva. Boa governação abranda a fúria, como disse Barack Obama. Depois, na hora da verdade, são os primeiros a apresentar queixa aos vossos patrões na CPLP.