sábado, 19 de outubro de 2013

DCIAP INVESTIGA 26 EMPRESÁRIOS PORTUGUESES E 13 ANGOLANOS


 
Segundo avança o “Diário de Notícias”, antigo embaixador angolano terá denunciado empresários portugueses ligados aos sectores da banca, energia, distribuição, advocacia e construção civil.
A investigação que está a ser levada a cabo pelo Ministério Público português a altas figuras do Estado angolano envolve também um grupo de empresários portugueses, segundo avança o Diário de Notícias na edição desta quarta-feira.

Além dos 13 cidadãos angolanos envolvidos no processo, um antigo embaixador de Angola terá denunciado 26 empresários portugueses, desde banqueiros a gestores que, nos últimos anos têm mantido contacto com a política e economia daquele país.

De acordo com a mesma fonte, da lista de denúncias do antigo embaixador farão parte empresários ligados aos sectores da energia, distribuição, banca, advocacia e construção civil.

Depois de uma primeira denúncia, na qual identificou como suspeitos as filhas de José Eduardo dos Santos e o general Hélder Vieira Dias, chefe da casa militar do presidente angolano, Adriano Parreira (antigo embaixador) terá acrescentado à lista de denúncias algumas figuras do Estado, como o actual número dois do governo, Manuel Vicente, e o governador da província de Kuando-Kubango, Higino Carneiro.

O processo decorre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e estará na origem do anúncio feito esta terça-feira pelo presidente angolano. José Eduardo dos Santos, anunciou em Luanda o fim da parceria estratégica com Portugal, durante o discurso sobre o estado da Nação, na Assembleia Nacional de Angola.

"Só com Portugal, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", disse José Eduardo Santos.

Num longo discurso no Parlamento Angolano, Eduardo dos Santos dedicou apenas um par de frases à relação do país com Portugal, não tendo detalhado o alcance do anúncio do fim da parceria estratégica com Angola.