Ouagadougou - Djibrill Bassolé(Foto), antigo chefe de diplomacia do destituído Presidente burkinabe Blaise Compaoré, obteve domingo do exército a sua disponibilidade (reserva) para se apresentar às presidenciais de 11 de Outubro deste ano.
O decreto assinado pelo presidente da Transição Michel Kafando e pelo Primeiro-ministro Isaac Zida, igualmente ministro da Defesa, põe à situação de disponibilidade (reserva) do exército o general de brigada Djibril Bassolé, durante dois anos ,por conveniência pessoal o general de brigada Djibril Bassolé.
O interessado disse em declarações à imprensa que “a partir de agora, estou livre de engajar-me na política, de exercer funções políticas ou internacionais”, acrescentando que o anúncio da sua candidatura às presidenciais deverá pôr fim a Transição.
"(…) Vou fixar brevemente uma data da qual convidarei uma reunião desses jovens, a juventude em todas as componentes, para lhes apresentar o que considero o meu projecto da sociedade e responder ao apelo que me lançaram, como prometi na altura", sustentou.
General de Brigada, Bassolé foi mediador em várias crises na sub-região e em África sob condução de Blaise Compaoré, então chefe de Estado burkinabe.
Muitos jovens organizaram marchas para pedir a Bassolé para se candidatar às eleições presidenciais de 11 de Outubro deste ano.
No entanto, várias dezenas de partidos políticos e organizações da sociedade civil, ponta de lança do levantamento popular que derrubou Blaise Compaoré do poder em Outubro de 2014, pediram as novas autoridades a "exclusão dos militares do jogo político".
Sublinhou que não se inscreve nos discursos de tendência exclusiva, porque não se deve apontar a uma certa categoria de cidadãos para dizer que não tem direito, é melhor cingir-se às leis e a Constituição.
Apelou aos actores da vida política a deixar a tarefas aos órgãos de Transição a cumprir a sua missão e deixar ao povo a decidir a qual cidadão conferir a direcção do país.