quarta-feira, 6 de julho de 2016

SENEGAL: AMNISTIADOS 600 DETIDOS POR OCASIÃO DO FIM DO RAMADÃO

Dacar - O presidente senegalês, Macky Sall, amnistiou 600 detidos por ocasião de Aid el-Fitr, festa que marca o fim do Ramadão celebrado esta quarta-feira no Senegal, soube A FP de fontes oficiais.

"Por ocasião da celebração de Aid el-Fitr, o chefe de Estado (...) concedeu o perdão à 600 condenados definitivos. Esses últimos beneficiaram de uma redução total das penas tanto principais como acessórias e complementares", indicou a presidência num comunicado.

Esta medida de indulto presidencial foi igualmente anunciado pelo ministério senegalês da Justiça num outro comunicado, acrescentando que Sall pretendia assim "dar a umacategoria de cidadãos temporariamente em conflito com a lei, a oportunidade de se corrigir".

As 600 pessoas perdoadas tinham sido "condenados definitivamente por infracções diversas e (estavam) detidas em diferentes estabelecimentos penitenciários do Senegal", explicou o ministério.  

O perdão não abrange contudo,"as pessoas condenadas por infracções particularmente graves como alguns crimes de sangue, crimes sexuais e tráfico de droga", precisou.

Esta medida surge em menos de duas semanas após o indulto presidencial concedido ao ex-ministro Karim Wade, filho do ex-presidente senegalês Abdoulaye Wade, medida que suscitou grande polémica no Senegal.    

Karim Wade foi libertado a 24 de Junho e imediatamente embarcado para o Qatar, cujo o emir interveio à favor da sua libertação, explicou Wade numa declaração publicada algumas horas mais tarde.   

Colocado em prisão preventiva em Dacar desde Abril de 2013, foi julgado com outros co-acusados - e condenados em Março der 2015 à seis anos de prisão efectiva e ao pagamento de mais 210 milhões de euros de multa por "enriquecimento ilícito", facto que o mesmo sempre negou. O veredicto foi confirmado em recurso em Agosto de 2015.

Wade foi perdoado ao mesmo tempo que dois outros acusados, Ibrahima Aboukhalil, mais conhecido por Bibo Bourgi, e Alioune Samba Diassé.

Numerosos senegaleses mostraram-se chocados por esta libertação, pois de acordo com alguns, as promessas de campanha de Macky Sall que se comprometeu a estar na vanguarda da luta conrtra a corrupção e para uma "governação verdadeira".

Fonte: Aqui