A organização não-governamental Afetos com Letras distribuiu brinquedos por várias escolas da Guiné-Bissau, beneficiando cerca de 3.000 crianças em mais uma missão para fazer uma "pequena diferença".
A segunda missão que a organização não-governamental realizou este ano ao país, que decorreu entre 26 de outubro e terminou no sábado, inclui cinco voluntários, entre os quais uma enfermeira e uma nutricionista, e além dos brinquedos, também foi distribuído material didático e bicicletas.
"Desta vez tivemos a oferta de uma empresa portuguesa que nos deu um contentor inteiro de brinquedos e o nosso objetivo foi levar os brinquedos, o material didático, as bicicletas que trouxemos para o país", disse à agência Lusa Joana Benzinho.
Na escola de Djaló, 120 crianças, entre os três e os seis anos, receberam brinquedos, entre os quais carros e motas elétricas e jogos didáticos.
Mas, fora de Bissau, numa escola em Barambe, as crianças que terminaram a quarta classe receberam bicicletas, porque a próxima escola fica a seis quilómetros.
"Têm de fazer seis quilómetros diários para ir à escola e deixamos bicicletas, que permitem que vão de uma forma mais célere e cómoda até à escola e que os pais não os deixem em casa sem estudar por falta de oportunidade de lá chegar", explicou Joana Benzinho.
Para a presidente da Afetos com Letras, a missão teve como objetivo trazer "um bocadinho de bem-estar" às crianças guineenses e fazer "pequenas diferenças" na sua vida.
A missão incluiu também uma enfermeira e uma nutricionista, que vieram transmitir de "uma forma simples aos pais, aos educadores e crianças informação que lhes permita uma alimentação mais saudável" para uma melhor saúde e capacidade de aprendizagem, explicou Joana Benzinho.
Para a responsável da escola de Djaló, a Afetos com Letras tem feito a diferença, principalmente porque ajudou a convencer as pessoas das tabancas (aldeias) que as crianças devem de ir à escola.
"É uma coisa muito grande para este bairro e está a influenciar outros", disse.
A Afectos com Letras regressa à Guiné-Bissau no final do ano para celebrar o Natal.
Fonte: Lusa, em DN