O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, lançou hoje a primeira pedra para a construção da central termoelétrica de Bor, arredores de Bissau, e considerou inaceitável que muitos guineenses continuem a viver sem luz.
"É inaceitável, nos dias de hoje, continuarmos a viver às escuras, sem luz elétrica permanente nas nossas casas. Queremos luz para todos e a preço acessível para todos os guineenses", afirmou o chefe de Estado, num discurso proferido durante a cerimónia.
Para José Mário Vaz, a construção da central vem dar resposta à preocupação dos moradores da cidade de Bissau e arredores.
"Estamos nestas funções através dos votos do nosso povo e é para servir o bem comum que estamos aqui", disse, salientando que os governantes são eleitos para arranjar soluções para ultrapassar os problemas do povo.
Nas declarações, o Presidente guineense pediu um maior "esforço de fornecimento de energia" e que seja "extensível a nível nacional, ou seja, que a luz da rede pública chegue a toda a população, tanto na cidade, como no interior e nas ilhas".
A central térmica com capacidade para fornecer 15 megawatts vai custar 22 mil milhões de francos cfa (cerca de 33 milhões de euros) e vai ser construída pela empresa francesa JA Delmas, com a portuguesa Efacec como subempreiteiro designado, devendo estar pronta dentro de 15 meses.
O financiamento é do Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD) e da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA).
Paralelamente, a Efacec vai iniciar a construção da subestação e linha para a exportação da energia produzida em Bor.
"O Governo tem consciência dos problemas que têm afetado o fornecimento de energia elétrica, mas queremos garantir que não temos poupados esforços para minimizar a situação", afirmou o ministro da Energia, Florentino Gomes.
Segundo o ministro, o Governo tem estado a trabalhar para reforçar o setor da produção, distribuição e comercialização da energia.
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