Radio Sol Mansi, 07 Fev 2018 - O primeiro-ministro demissionário Umaro Sissoco Embalo considera de vergonhoso e injusto dezanove figuras nacionais sancionadas pela CEDEAO.
Umaro Sissoco Embalo falava no início desta tarde aos jornalistas no palácio do governo onde devia acontecer a passagem da paste entre ele e o actual primeiro-ministro indigitado Artur Silva.
“É lamentável e injusto, para além de ser vergonhoso para Guiné-Bissau, a sanções não foi aplicada de uma forma correcta”, reclama Sissoco Embaló.
De acordo com o ex-governante, “a diplomacia guineense deve funcionar, mas para mim é lamentável esta sanção”, tendo sublinhado que “esta em curso um processo de reverter a situação porque já começou o contacto com alguns chefes de Estados da CEDEAO que eu acho que vou conseguir fazer como um guineense porque não é possível. Este é um exercício político ninguém vai contentar com isso, portanto eu rejeito categoricamente as sanções porque não é justo”.
Apesar de considerar de injusto as sanções, Embalo diz que “é importante respeitar o acordo de Conacri, porque no acordo há três nomes eu (Umaro Sissoco Embalo), João Aladji Fadia e Augusto Olivas, portanto neste quadro, já saímos fora do acordo de Conacri com todo respeito ao Artur Silva”.
Entretanto o primeiro-ministro indigitado Artur Silva já confirmou as sanções e promete pronunciar no momento oportuno sobre o assunto.
Segundo a lista 19 guineenses são sancionados, nomeadamente, Braima Camara, Rui Dia de Sousa, Soares Sambu, Abel da Silva Gomes, Manuel Nascimento Lopes, Eduardo Mamadu Balde, Maria Aurora Abissa Sano (todos do grupo dos 15), Florentino Mendes Pereira, Orlando Mendes Viegas, Certorio Biote, Domingos Quadé, Carlitos Barai, Domingos Malú (dirigentes do PRS), António Sedja Man (ex PGR), Bacari Biai (actual PGR), Botche Cande (ministro do interior do governo demitido), Herson Gougjabi Vaz (filho do presidente da república), Victor Madinga (ministro de comercio do governo demitido e deputado dissidente do PCD) e Fernando Vaz (antigo ministro do Turismo).
Segundo a organização sub-regional os indivíduos sancionados estão a dificultar o cumprimento do acordo de Conacri assinado em Outubro de 2016.
Por: Braima Sigá