Os países frágeis e em situação de pós-conflito, juntos no grupo G7+, devem intensificar a cooperação e troca de experiências entre si, defende a ministra das Finanças de Timor-Leste, Emília Pires, atual coordenadora da organização.
O apoio de Timor-Leste ao processo eleitoral em curso na Guiné-Bissau foi um dos exemplos apontados pela ministra numa cerimónia realizada na segunda-feira na capital guineense.
Na qualidade de coordenadora do secretariado do G7+, a governante de Timor-Leste está em Bissau para a uma missão de sensibilização junto das autoridades e atores sociais sobre a importância do Novo Acordo do grupo de 18 países.
A Guiné-Bissau aderiu à organização em julho de 2010, no ano seguinte subscreveu a iniciativa Novo Acordo (New Deal, em inglês), mas, como reconheceu o próprio primeiro-ministro Rui de Barros na reunião de segunda-feira, foram dados "passos incipientes" na implementação das metas: construção da paz e do Estado.
Para a coordenadora do G7+, a Guiné-Bissau e os restantes países membros do grupo, "têm muito a ganhar" se começarem a implementar os ideais do Novo Acordo".
Emília Pires sublinhou que a iniciativa vai permitir a países como a Guiné-Bissau - que segundo disse, terão dificuldades em alcançar qualquer dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), encontrar "outros mecanismos" para o desenvolvimento.
O primeiro-ministro de transição referiu que, a partir desta missão da governante timorense, a Guiné-Bissau vai começar a traçar estratégias para o cumprimento das metas do Novo Acordo.
Rui de Barros reconhece que "perante os factos" o país deve ser considerado como um estado frágil.
Nos últimos anos tem havido um aceso debate nos meios políticos e académicos guineenses sobre se a Guiné-Bissau é ou não um Estado frágil, mas, na reunião de segunda-feira, o primeiro-ministro de transição afirmou que, pelos indicadores, a Guiné-Bissau é um estado frágil. Fonte: Rádio Sol Mansi(RSM)