sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

JOMAV INCUMBE GOVERNO DE ARTUR SILVA DE MOBILIZAR RECURSOS INTERNOS PARA REALIZAR ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

O (des)acordo de Conacri agudizou ainda mais a crise política vigente no país. Portanto insistir na implementação desse (des)acordo é contribuir para o extremar das posições e consequentemente desestabilizar o país. 

De sublinhar que vários países da CEDEAO estão cheios de problemas mas não se fala dos problemas desses países, só se fala da crise política da Guiné-Bissau, criada por mafiosos da CPLP que não digeriram bem a queda de marionete DSP. A título de exemplo, o Togo está a ser fustigado por uma onda de contestações e manifestações da oposição contra  Presidente Faure Essozimna Gnassingbé, a Guiné-Conacri vive sob ditadura de Alpha Condé, nesse país vizinho os manifestantes são duramente reprimidos e brutalmente assassinados, O Senegal se depara com o problema dos rebeldes de Casamança que há mais de 35 anos lutam pela independência, a Costa do Marfim  tem vivido sobressaltos no norte do país concretamente em Bouaké onde os políticos são recorrentemente sequestrados pelos militares e disparos de armas pesadas que atemorizam a população, a Nigéria está em guerra com o Boko Haram, essa guerra já fez milhares de mortos  e refugiados, o Mali está em guerra e corre o risco de cisão, etc, etc.   
 
O Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, incumbiu hoje, 02 de fevereiro 2018, o governo a ser formado pelo Primeiro-ministro, Artur Silva, a responsabilidade de mobilizar recursos internos para a realização das eleições legislativas.
 
O Presidente da República que falava à imprensa, depois de regresso da República vizinha da Guinée-Conakry, onde esteve mais de duas horas para uma reunião com o Presidente daquele país, mediador da crise guineense, Alpha Condé e com Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, Presidente togolês, Faure Essozimna Gnassingbé.
 
José Mário Vaz disse aos jornalistas que a reunião mantida em Conakry com os seus homólogos do Togo e da Guinée-Conakry, visa abordar os últimos acontecimentos que se desenrolaram na Guiné-Bissau incluindo a nomeação do novo Primeiro-ministro que, segundo o comunicado da última missão da CEDEAO, não obedeceu o acordo de “Acordo Conakry”. Lembrou ao Presidente Alpha Condé e Presidente Faure Essozimna Gnassingbé, durante a reunião, dos passos dados internamente para a nomeação do novo Primeiro-ministro.
 
Explicou ainda que o governo a ser liderado por Artur Silva terá uma missão de organizar as eleições legislativas durante o ano em curso. Acrescentou neste particular que o executivo a ser formado terá três missões, designadamente: pagar os salários regularmante; respeitar o calendário eleitoral e [que PR considera de mais importante] assumir o financiamento das eleições.
 
“Chegamos a um momento na Guiné-Bissau em que nós mesmos, temos que assumir ao destino da nossa terra. As eleições não podem ser financiadas por outras pessoas, não podem ser financiadas por outras instituições. As eleições deste ano serão,  pela primeira vez na história da Guiné-Bissau, financiadas por nós. A soberania começa por aqui, a soberania é pagar salários com recursos próprios, a soberania é também organizar as nossas próprias eleições com os nossos próprios recursos”, advertiu o Chefe de Estado, que entretanto, avançou que este é um desafio que colocou ao executivo a ser formado.
 
Recorde-se que José Mário Vaz, deslocou esta manhã para Conakry, a convite do Presidente do Togo e igualmente da Conferência dos Chefe de Estado e do Governo da CEDEAO, na presença do mediador da crise guineense, Presidente Alpha Condé da Guinée-Conakry.
 
 
Por: Assana Sambú
Foto: Marcelo Na Ritche