Coimbra, 24 abr (Lusa) - Regina Ungerer, coordenadora da rede E-portuguese da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou hoje em Coimbra que a cooperação dos países de Língua Portuguesa na área da saúde tem de passar pela "formação de recursos humanos".
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) "já trabalha nessa área", contudo será necessário criar e reforçar "a educação e formação continuada" de profissionais de saúde, com um "subsídio grande para que qualquer pessoa possa aceder a essa formação", defendeu Regina Ungerer.
A formação tem também de ser "especializada e pensada para os diferentes locais e diferentes necessidades", sendo a descentralização uma política "mais eficaz", considerou a coordenadora da rede da OMS.
Outro grande foco da colaboração entre países lusófonos terá de passar por "uma troca de experiências e de conhecimentos", em vez da "simples dádiva" de recursos humanos, financeiros ou materiais, referiu, salientando que os países desenvolvem-se mais quando "participam e se apropriam do conhecimento investido".
Um exemplo disso é o investimento necessário em Moçambique em torno do vírus da SIDA, em que pode ser "usada a experiência brasileira, que criou um sistema e uma campanha bastante eficaz" no combate à SIDA, referiu Regina Ungerer.
A coordenadora da rede E-portuguese da OMS falava à agência Lusa à margem do Congresso de Geografia da Saúde dos Países de Língua Portuguesa, que decorre até ao final do dia de hoje, no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra.
JYGA // VM