Bissau, 30 Abr 14 (ANG) -O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) avaliou de forma antecipada o ano 2014, qualificando-o de “negro para os funcionários públicos”, porque parte deles estão a cinco meses sem receber os respectivos salários.
Em mensagem dirigida por ocasião do dia internacional dos trabalhadores que amanhã se assinala, Estêvão Gomes Có lastimou a situação actual dos funcionários públicos, os quais disse vivem momentos de tristeza e de miséria, sobretudo, porque vão comemorar o seu dia sem dinheiro no bolso.
Assim, o Secretário-geral da UNTG diz não existir, portanto, motivos para festejos, e muito menos para realizar actividades comemorativas por parte da central sindical.
“O ano não só é negro como também podemos considera-lo de luto, pois muitos funcionários faleceram por falta de meios financeiros para custear suas assistências”, vincou.
“Imaginem um funcionário com quatro meses de salário em atraso. Como pode viver”, questionou Estêvão Gomes Có para ilustrar a difícil etapa porque passam a maioria dos funcionários públicos guineenses.
O secretário-geral da UNTG recordou que recentemente reclamaram o pagamento de salários na função pública através de greves, mas que o executivo limitou a ignorar pura e simplesmente.
Estêvão Có admitiu a possibilidade da realização de uma marcha e vigília como forma de pressionar o governo no sentido de pagar os salários em atraso.
“O nosso objectivo é fazer com que estas dívidas sejam pagas e não transferidas para o futuro executivo”, explicou para de seguida pedir confiança dos trabalhadores na UNTG, instituição que continuará a velar pelo interesse da classe.
Fonte: ANG/LPG