quarta-feira, 30 de abril de 2014

SURTO DE DIARREIA HEMORRÁGICA PROVOCOU MAIS DE 10 MORTOS NUM MÊS EM ANGOLA


Um surto de diarreia hemorrágica provocou mais de 10 mortos em cerca de 200 casos registados em algumas áreas da capital angolana, Luanda, mas as autoridades de saúde anunciaram que a doença está já controlada???
Em declarações hoje à agência Lusa, a chefe de departamento de saúde pública, da Direção Provincial de Saúde de Luanda, Regina António, disse que o surto assolou maioritariamente a zona da Cuca, na comuna do Hoji Ya Henda, município do Cazenga.
Segundo Regina António, o surto foi notificado no início de março, tendo as mortes sido registadas maioritariamente em crianças menores de cinco anos.
A chegada tardia aos hospitais esteve na base das mais de uma dezena de mortes, disse a responsável, acrescentando que o rastreio continua para se averiguar o número real de óbitos.
"Houve necessidade de fazermos um estudo laboratorial para determinarmos o agente causador desta diarreia e confirmou-se que foi causado pela bactéria shiguela", referiu a médica.
Como medidas de prevenção, as autoridades sanitárias deslocaram-se àquela comunidade para identificar o número real de pessoas afetadas e fazer recomendações.
"Recomendamos o uso de água tratada, distribuímos o hipoclorito de cálcio para o tratamento da água, desinfetámos os tanques de água e nesse momento já não registamos muitos casos", disse a responsável, acrescentando que foram igualmente registados alguns casos no município de Viana.
A diarreia é a terceira doença mais grave em Angola, depois da malária e das doenças respiratórias agudas.
Regina António disse que atendendo ao período de chuvas, propício para o aumento dos casos de diarreias, o Ministério da Saúde tem levado a cabo ações de prevenção, com destaque para as áreas de maior risco, onde se registaram já focos de casos de cólera.
"A nossa maior preocupação é a prevenção. A população tem que colaborar na prevenção, e para isso devem cumprir com as medidas gerais: a lavagem das mãos, o consumo de água tratada, evitar que as crianças tomem banho nos charcos, não defecar ao ar livre e promover a limpeza do meio", citou Regina António.
O consumo de alimentos confecionados e vendidos nas ruas é igualmente, segundo Regina António, outra fonte de contaminação e que tem contribuído igualmente para o elevado número de casos de diarreia.