terça-feira, 27 de outubro de 2015

A COCAÍNA PODE SAIR DE CABO VERDE EM CONTENTORES DE EMPRESA LEGAIS


Marcos Alvar, que coordena o projeto de cooperação policial Ameripol-UE, admitiu ,em conversa com os jornalista á margem do seminário sobre cooperação policial na luta contra o tráfico de droga, que decorre até sexta-feira, na cidade da Praia, Cabo Verde, que a droga pode sair de Cabo Verde em contentores de empresa legais.”
As redes internacionais recorrem cada vez mais a contentores legais para fazer entrar a droga na Europa” – disse admitindo que que ilhas como Cabo Verde ou as Canárias têm “posições interessantes” para essa prática e explica a sua ideia: “O mercado global de contentores move-se cada vez mais pelo mundo. Fazer chegar um contentor a qualquer parte do planeta é muito simples e tem um risco mínimo. Pode ser levado para qualquer parte com qualquer mercadoria e uma técnica cada vez mais comum é o “gancho cego”, onde empresas legais são infiltradas por organizações criminosas que abrem os contentores e lá inserem a droga para a fazer chegar ao destino”. Esta tese , tese porque esse expediente nunca foi confirmado na prática , explica , em parte,  a entrada e a saída de grandes quantidades de cocaína que se sabe quem entram no pais . E a PJ nunca conseguiu desmantelar uma rede internacional seguindo o rasto da droga desde a entrada no pais a sua saída .Pelo contrário tem optado por apanhar droga e deter quem está na sua posse . Como aconteceu , agora , com os 521 quilos  de cocaína apreendidos na operação Perla Negra, mas deixando o circuito intacto .
 
Marcos Alvar,inspetor-chefe do Corpo Nacional de Polícia de Espanha, considera que “Há certas ilhas, espanholas e de origem portuguesa, que têm posições muito interessantes para que essa mercadoria possa ser desviada por outros meios. Pode chegar num barco ou veleiro e depois ser enviada para a Europa por contentor” . Isto porque , no seu entender ,o tráfico através de barcos e veleiros que chegavam às costas portuguesas e espanholas foi fortemente combatido, obrigado as redes criminosas a procurar alternativas. Fonte: NN