quarta-feira, 21 de outubro de 2015

ACESSO DAS MULHERES À SAÚDE É INDISPENSÁVEL AO DESENVOLVIMENTO

O acesso à saúde pelas mulheres é indispensável para o desenvolvimento de uma agenda de igualdade de género que leve as mulheres ao seu «potencial máximo», disse esta segunda-feira o subsecretário-geral da ONU, Babatunde Osotimehin.
 
«O principal desafio para a comunidade internacional e local é ser capaz de prover às mulheres e raparigas o acesso à saúde, para que possam desenvolver o seu potencial máximo», declarou o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), numa entrevista à agência de notícias espanhola Efe.
 
Além disso, trabalhar ativamente neste ponto permitirá consolidar a igualdade de género, apontou o representante da ONU, que participa na conferência global sobre saúde materna e neonatal na capital mexicana, até quarta-feira. «Este encontro é o primeiro deste tipo desde a adoção da agenda 2030 das Nações Unidas e é importante porque trata de muitos aspetos da saúde, do bem-estar e dos direitos» das mulheres e dos recém-nascidos, acrescentou Osotimehin. Neste aspeto, recordou que as mulheres, quando recebem educação, podem oferecer melhores cuidados aos seus filhos, fazendo diminuir a taxa de mortalidade infantil.

Por isso, o responsável da ONU sublinhou a necessidade de aumentar os orçamentos que os Estados destinam à educação e à saúde sexual e reprodutiva e, sobretudo, apelou ao equilíbrio dos gastos segundo as regiões. Neste sentido, indicou por exemplo os avanços alcançados no Estado mexicano de Chiapas, com um projeto público-privado que envolve sete nações centro-americanas e aquela região do México, e que permitiu dar acesso à saúde a «mulheres excluídas».
 
Osotimehin instou à luta contra a violência de género, educando os homens, dando poder às mulheres no plano social e económico e criando legislações efetivas, que evitem a impunidade nestes casos.
 
A conferência, que reúne mais de mil responsáveis de políticas públicas, investigadores, especialistas e ativistas de 75 países, oferece às entidades de saúde materna e neonatal a possibilidade de criar estratégias e ações na matéria. A intenção é atingir as metas definidas pelos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável na Estratégia Global para a Saúde de Mulheres, Crianças e Adolescentes, adotada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em setembro. Fonte: Aqui