quinta-feira, 22 de outubro de 2015

FEDERAÇÃO DISPENSA PAULO TORRES DO COMANDO DA SELEÇÃO

anti-visao djurtus
A Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) “está pronto a afastar o selecionador nacional”, Paulo Torres do comando dos “Djurtus”. Os responsáveis daquela entidade que gere o futebol nacional já informaram o técnico português que depois do jogo da segunda mão frente à Libéria disputado no passado dia 13 do mês em curso, não contariam mais com os seus serviços no comando dos “Djurtus”.
 
A Federação de Futebol deu entrada na passada segunda-feira (19 de Outubro), junto da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura e Desportos, um documento de dispensa do serviço do técnico português como seleccionador nacional. No entanto, a federação pretende comunicar à Direcção-geral dos Desportos, sua intenção de dispensar os serviços de Paulo Torres na orientação dos “Djurtus”, mesmo que o Governo continue a pagá-lo os ordenados até a data limite do vínculo com o executivo guineense.
 
O treinador português “nunca chegou de reunir com o presidente da Federação de Futebol sobre o seu despedimento no comando da selecção nacional”, informa uma fonte da federação. Paulo Torres manteve recentemente um encontro com o responsável máximo da federação, mas o assunto não era sobre o seu despedimento. A referida reunião que juntou toda a estrutura da selecção abordou assunto ligado aos “perdiem” dos jogadores da selecção. nacional.

Durante o encontro, o responsável máximo da federação informou os atletas sobre o atraso no levantamento do dinheiro do prémio do jogo disputado na Libéria e seus respectivos subsídios que não incluíam o jogo disputado em casa que soldou em derrota.
 
O contrato do técnico português foi suportado por um grupo de dirigentes desportivos, nomeadamente, Alfredo Gomes, ex-ministro da Educação e ex-membro do Comité Executivo da FFGB, Abubacar Conté, presidente da Liga Guineense dos Clubes de Futebol, Joãozinho Mendes (Arnaldo), actual primeiro vice-presidente da FFGB, Amadu Djaló, director do Estádio Lino Correia.
 
Segundo a fonte d’O Democrata, o presidente da Federação de Futebol nunca concordou com a contratação de Paulo Torres para  comandar a selecção nacional. O mesmo interlocutor informa que o contrato de Torres e colaboradores Marcelo Mendoça e Paulo Russo, foi selado pelo governo guineense em Novembro de2013.
 
Outro aspecto que terá suscitado descontentamento da parte de alguns dirigentes da instância máxima do futebol nacional, de acordo com as nossas informações, tem a ver com o contrato do Mister Marcelo Mendonça. A federação contratou Marcelo Mendonça, como adjunto treinador da selecção nacional.
 
O Mister Marcelo Mendonça figurou no contrato elaborado por Joãozinho Mendes (Arnaldo) como preparador físico da selecção nacional, enquanto o português, Paulo Russo que é treinador de guarda-redes, passa ocupar o cargo do treinador adjunto da selecção nacional.
 
Outra situação de fricção figura o jogo com o Congo Brazzaville em Bissau. Paulo Torres, enquanto a turma nacional perdera por 0-2, mostrou-se mais preocupado com o “perdiem”. “Nem sequer interessou-se pelo resultado que o obrigava a mudar o cenário que não era favorável aos “Djurtus”. Paulo Torres, apesar de não se encontrar no banco devido ao castigo, a equipa estava sob a sua responsabilidade, por isso deveria se preocupar mais do resultado em vez da questão financeira da federação”, criticou a fonte.
 
Relativamente aos subsídios concedidos aos jogadores em cada jogo disputado ao serviço da selecção nacional, a modalidade aplicada é seguinte: O prémio do jogo em caso da vitória, vale mil e quinhentos euros (1.500 Euros – 975 mil Francos CFA) por jogador; em caso do empate o valor desce para mil euros (1.000 Euros – 650 mil Francos CFA) cada. Em caso da derrota é pago somente o subsídio de prestação do serviço que é estimado em mil euros (1.000 Euros) por cada elemento.
 
No entanto, o contrato do técnico Paulo Torres com o Governo da Guiné-Bissau termina no dia 10 de Janeiro de 2016. O técnico luso recebe um ordenado mensal de 3.500 Euros (três mil e quinhentos Euros) que corresponde a 2.275 mil F.CFA (Dois milhões e duzentos e setenta e cinco mil francos CFA).
 
Do montante, Paulo Torres, uma quantia vai para Paulo Russo, treinador adjunto.
 
 Por: Sene Camará