Decorre na Casamança, sul do Senegal, até dia 2 de Janeiro o 24° Festival de artes e cultura de Abéné. Pela primeira vez a Guiné-Bissau vizinha está representada. No caso através de uma organização de mulheres pintoras de panos tingidos, DIVUTEC, oriundas de Bafatá.
Desde 1994 que a aldeia de Abéné organiza uma programa de música, dança, canto e teatro com tonalidades africanas. Afluem populares de toda a Casamança, mas também do resto do Senegal ou da Gâmbia.
Mas é também o caso de curiosos da Europa ou da América para conhecerem a cultura africana através das suas artes no período de festas de Natal e de Ano Novo, com os pés na areia, ao ritmo das percussões e das culturas tradicionais da África ocidental.
Um programa que permitiu o regresso de muitas mulheres do leste guineense, até então emigradas nos países limítrofes, para se dedicarem à pintura dos panos como explica Mamadi Baldé, coordenador do projecto, enaltecendo a participação guineense neste festival da Casamança.
A Guiné-Bissau está também representada, de forma inédita, através da DIVUTEC e de uma organização de mulheres pintoras de panos tingidos, oriundas de Bafatá, no leste do país.
Trata-se de um grupo de 300 mulheres do bairro de Ponta Nova, tintureiras, activas neste ramo desde 2012, um projecto que conta com financiamentos europeus e que está em curso até 2018.
Fonte: RFI - ouvir