Um grupo de empresários portugueses, a desenvolver atividade na Guiné-Bissau, criaram uma associação empresarial para facilitar a entrada de mais empresas portuguesas, e defender os seus interesses naquele país.
Denominada Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau, a associação tem como principal objetivo "apoiar a atividade empresarial dos seus associados em prol do desenvolvimento e consolidação dos seus projetos" no país, explicou Fernando Machado, presidente da associação.
"Os empresários que chegam provavelmente têm mais a ganhar com esta associação, do que aqueles que já cá estão e têm a sua experiência e conhecimento de mercado. Os que vêm têm tudo a ganhar em colherem a experiência daqueles que já cá estão e não fazerem, às vezes, algumas asneiras que a realidade guineense não perdoa", disse.
A associação, criada no final de 2017 e apresentada oficialmente a 09 de junho, já tem 48 associados radicados na Guiné-Bissau e 12 empresas de média e grande dimensão portuguesa que ainda não estão radicados em Bissau, mas que pretendem expandir a sua atividade para o país.
"A associação dispõe de gabinetes de apoio jurídico. Temos também gabinete de contabilidade e auditoria fiscal para ajudar os empresários, acordos com despachantes para ajudarem os importadores e os exportadores e temos um convénio com um banco local no sentido de estabelecer regras facilitadoras para as suas transações, linhas de crédito e transferências", explicou Fernando Machado.
Questionado sobre se os empresários portugueses estão a procurar mais o mercado guineense, o empresário português disse ter essa "sensação".
"Nós somos procurados para dar esse tipo de aconselhamento o que é francamente entusiasmante. A Guiné-Bissau ainda não se libertou das convulsões políticas por que tem passado, o que afasta também algum dinamismo empresarial necessário, mas sinto que há vontade para virem", afirmou.
Fernando Machado sublinhou que "há um crescendo de empresários portugueses" e que os números oficiais o demonstram.
Segundo dados preliminares divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, com base numa análise ao comércio externo entre os dois países, as exportações de Portugal para a Guiné-Bissau aumentaram em 2017 14,8%, com um saldo positivo na Balança Comercial de 83,7 milhões de euros.
Gasóleo, gasolina e jet-fuel foram os produtos mais exportados de Portugal para a Guiné-Bissau, representando um total de 41,7% das exportações, durante aquele período de tempo.
O segundo grupo com maiores exportações foi o Agroalimentar, com 26,4%, com destaque para a cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas, leite e lacticínios, gorduras e óleos, carnes, preparados à base de cereais e de frutos e produtos hortícolas.
Sublinhando que os empresários portugueses têm de olhar para a Guiné-Bissau na perspetiva de um mercado com 300 milhões de consumidores, já que o país pertence à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Fernando Machado destacou também a facilidade de "exportação de capitais" no país, que é praticamente livre.
"Um dos aspetos mais importantes para os empresários portugueses resulta da paridade fixa entre o franco cfa [franco da África Central] com o euro, e a liberdade de capitais que toda esta zona financeira. É uma característica que não é comum a todos os países africanos, sobretudo Angola e Moçambique", disse.
Fonte: Lusa em, https://www.dn.pt
Denominada Associação Empresarial Portuguesa na Guiné-Bissau, a associação tem como principal objetivo "apoiar a atividade empresarial dos seus associados em prol do desenvolvimento e consolidação dos seus projetos" no país, explicou Fernando Machado, presidente da associação.
"Os empresários que chegam provavelmente têm mais a ganhar com esta associação, do que aqueles que já cá estão e têm a sua experiência e conhecimento de mercado. Os que vêm têm tudo a ganhar em colherem a experiência daqueles que já cá estão e não fazerem, às vezes, algumas asneiras que a realidade guineense não perdoa", disse.
A associação, criada no final de 2017 e apresentada oficialmente a 09 de junho, já tem 48 associados radicados na Guiné-Bissau e 12 empresas de média e grande dimensão portuguesa que ainda não estão radicados em Bissau, mas que pretendem expandir a sua atividade para o país.
"A associação dispõe de gabinetes de apoio jurídico. Temos também gabinete de contabilidade e auditoria fiscal para ajudar os empresários, acordos com despachantes para ajudarem os importadores e os exportadores e temos um convénio com um banco local no sentido de estabelecer regras facilitadoras para as suas transações, linhas de crédito e transferências", explicou Fernando Machado.
Questionado sobre se os empresários portugueses estão a procurar mais o mercado guineense, o empresário português disse ter essa "sensação".
"Nós somos procurados para dar esse tipo de aconselhamento o que é francamente entusiasmante. A Guiné-Bissau ainda não se libertou das convulsões políticas por que tem passado, o que afasta também algum dinamismo empresarial necessário, mas sinto que há vontade para virem", afirmou.
Fernando Machado sublinhou que "há um crescendo de empresários portugueses" e que os números oficiais o demonstram.
Segundo dados preliminares divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, com base numa análise ao comércio externo entre os dois países, as exportações de Portugal para a Guiné-Bissau aumentaram em 2017 14,8%, com um saldo positivo na Balança Comercial de 83,7 milhões de euros.
Gasóleo, gasolina e jet-fuel foram os produtos mais exportados de Portugal para a Guiné-Bissau, representando um total de 41,7% das exportações, durante aquele período de tempo.
O segundo grupo com maiores exportações foi o Agroalimentar, com 26,4%, com destaque para a cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas, leite e lacticínios, gorduras e óleos, carnes, preparados à base de cereais e de frutos e produtos hortícolas.
Sublinhando que os empresários portugueses têm de olhar para a Guiné-Bissau na perspetiva de um mercado com 300 milhões de consumidores, já que o país pertence à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Fernando Machado destacou também a facilidade de "exportação de capitais" no país, que é praticamente livre.
"Um dos aspetos mais importantes para os empresários portugueses resulta da paridade fixa entre o franco cfa [franco da África Central] com o euro, e a liberdade de capitais que toda esta zona financeira. É uma característica que não é comum a todos os países africanos, sobretudo Angola e Moçambique", disse.
Fonte: Lusa em, https://www.dn.pt