A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) exige a integração dos seus membros em cargos dirigentes das forças de defesa e segurança do país para se desmilitarizar, condição que o Governo moçambicano considera "uma aberração", noticia hoje a imprensa local.
A exigência da Renamo foi anunciada, na segunda-feira, durante uma nova ronda negocial entre o maior partido da oposição do país e o Governo moçambicano, tendo o encontro terminado com discursos crispados, que denotam um retrocesso nas negociações com vista ao fim da instabilidade político-militar que Moçambique vive há um ano.
Saimone Macuiane, chefe da delegação negocial da Renamo, anunciou que o partido pretende que "os seus homens" ocupem cargos como o de "Chefe do Estado-Maior, que há mais de 20 anos vêm das antigas Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM)", mas também estejam "no ramo da Marinha, da Força Aérea e do Exército", assim como nos diversos departamentos da Polícia da República de Moçambique (PRM). Lusa