quarta-feira, 24 de junho de 2015

CABO VERDE. EX-PRESIDENTE DA BOLSA DE VALORES LIBERTADO APÓS CUMPRIR METADE DA PENA


Padjadur garandi!
 
O antigo presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BCV), condenado na maior operação de apreensão de drogas no país, a operação "Lancha Voadora", foi hoje libertado, noticia o jornal A Nação, que cita fonte familiar do detido.
 
Veríssimo Pinto, preso pela Polícia Judiciária em dezembro de 2011, foi condenado a seis anos de prisão no âmbito da "Lancha Voadora", operação contra o tráfico de droga e lavagem de capitais.
 
Condenado em junho de 2013 a nove anos e seis meses de prisão efetiva, Veríssimo Pinto viu o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reduzir a pena a seis anos de prisão em março de 2014, tal como os restantes oito réus.
 
Veríssimo Pinto cumpriu pouco mais de metade da pena de prisão na cadeia central de São Martinho.
 
A operação "Lancha Voadora" foi tornada pública a 08 de outubro de 2011, com a maior apreensão de droga de sempre no país: 1,5 toneladas de cocaína em elevado estado de pureza escondida numa cave de um prédio na Achada de Santo António, na Cidade da Praia, e que foi incinerada a 25 de outubro no mesmo ano, na presença de autoridades e de jornalistas.
Além da droga, a Polícia Judiciária apreendeu milhares de euros e de outras moedas, milhões de escudos cabo-verdianos em notas e 15 viaturas, das quais cinco veículos topo de gama, três jipes, quatro "jet-ski", duas "pick-up", uma "moto-quatro" e várias armas e munições.
 
Em junho de 2013, o Tribunal da Comarca da Cidade da Praia condenou nove dos 15 arguidos a penas de prisão efetiva entre os nove e os 22 anos, dando como provadas as acusações de associação criminosa e lavagem de capitais, absolvendo os restantes seis.
A redução das penas no acórdão do STJ deveu-se à absolvição de todos os acusados do crime de associação criminosa, mantendo-se as de tráfico de droga e de lavagem de capitais.
 
Ao decidir ilibar os arguidos do crime de associação criminosa, o STJ baixou sensivelmente a pena atribuída na primeira instância, numa média de dois a três anos, caso de Paulo Pereira, considerado o "cabecilha" da rede, que, em primeira instância, tinha sido condenado a 22 anos de prisão efetiva, pena reduzida para 19.
 
Lusa, em Notícias ao Minuto