Cada dia que passa os dirigentes deste traído país, não cessam de multiplicar episódios na interminável telenovela da vergonha nacional. Há muito tempo que o amadorismo é regra da governação, mas devemos reconhecer sem sombra para dúvidas que este modelo atingiu nos últimos tempos a órbita da banalidade extrema. Os detentores dos órgãos de Estado se transformaram em “atores de teatro” na praça pública.
O mito protector do Estado vaporou-se no meio da baralhada inqualificável. São verdadeiros políticos amadores! É incompreensível esta falta de cultura política que carateriza a “falaciosa” liderança atual enquanto os cidadãos querem ver o país seguir o rumo do progresso.
É insuportável a gritante incompetência desses homens desprovidos de visão de Estado e interessados em autopromover-se na sombra da desgraça coletiva. Até quando o impotente e passivo povo guineense vai “engolindo o peixe pela cauda”?
A atual crise institucional instalada é resultado de conflitos pessoais, acumulação de intrigas, soma de ambições desmedidas desses senhores que durante campanhas eleitorais prometem e juram “céu e terra” ao povo eleitor. Depois de investidos nas funções tornam-se autênticos pesadelos desse mesmo povo.
Verdadeiros homens de Estado sabem muito bem que na política os problemas, as divergências, são tratados em fóruns próprios e previstos pela Constituição da República. E sobretudo quando se trata de um país vulnerável em tudo como é o caso da Guiné-Bissau.
O imperativo do equilíbrio e do diálogo devia interpelar a cada um à razão e à moderação. Infelizmente assistimos diariamente a comportamentos banais que só tendem a agravar a vulnerabilidade das instituições de Estado e afastam cada vez mais a Guiné-Bissau do concerto de Nações prósperas.
Este povo já está farto de ouvir discursos vazios, de assistir ao “teatro”. Por conseguinte, não está mais interessado em ter dirigentes mesquinhos e incapazes de enveredar-se pela via do diálogo sobre assuntos importantes da República e preferem recorrer a pronunciamentos públicos numa clara disputa de protagonismo. Se a política se resumisse a essa mera banalidade, teria um nome diferente, se calhar chamar-se-ia “politicaria”.
O que este povo quer não é a “politicaria”, mas sim a estabilidade, a verdade e a reconciliação nacional.
Por: Redação