No imaginário confuso e perverso de Nhu Morgado Pedro Té, a "substituição" de dois jogadores em campo lhe daria a visibilidade para enfrentar a equipa adversária, para o "Governo passar a dialogar de forma mais efetiva" com o Presidente da República.
Num jantar, ontem, em Bissau destinado a "tranquilizar" os parceiros do Governo di Rubane e a dita comunidade internacional (imperialistas), referindo-se à reunião do Comité central do PAIGC, disse: "Estivemos reunidos durante três dias e aprovámos um conjunto de resoluções que, na nossa perspetiva, irão remover um conjunto de elementos de distração que não têm permitido um fluxo bastante mais rápido da nossa comunicação e do nosso entendimento". Para o bom entendedor, as "substituições" do Secretário Nacional do PAIGC, Abel da Silva Gomes e no Governo, do Ministro da Presidência e de Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Baciro Dja, constituíam e faziam parte de obstáculos removíveis, não favoráveis à criação de ambiente político positivo pelas tais resoluções aprovadas. Terá dito o chefe do Governo di Rubane que as mexidas não devem ser vistas como "perturbação ao processo", mas pelo contrário, como "a remoção de condições que estariam a emperrar o sistema".
Tudo bem, Abel da Silva e Baciro Djá eram, no seu imaginário, as únicas condições que empatavam o sistema. Mas, até aqui, o que se sabe, nenhum dos dois (Silva e Djá) faz parte de um conjunto de "membros do Governo na condição de arguidos em processo crime, pondo em causa a imagem, a seriedade e credibilidade das nossas instituições aos olhos do nosso povo e dos parceiros", como disse Baciro Djá na sua carta de demissão. Então, será que o Governo legalizou a corrupção, por isso não entregou, até agora, à Justiça os Ministros arguidos?
Nhu Morgado Pedro Té, toma li!