A justiça francesa retirou as acusações de participação no genocídio ruandês ao padre Wenceslas Munyeshyaka, o primeiro ruandês acusado em França pelo alegado envolvimento no conflito de 1994.
Citando fontes oficiais, a AFP refere que a decisão, datada de sexta-feira passada, poderá, porém, ser contestada pelas partes civis no Tribunal de Apelação.
Refugiado em França desde que, há duas décadas, o Ruanda foi alvo de um genocídio, que causou mais de 800 mil mortos, o padre era responsável por uma paróquia em Kigali e é acusado de ter entregado civis da etnia Tutsi às milícias Hutu e de ter encorajado ou cometido violações.
O religioso, de 57 anos, oficia atualmente na paróquia de Gisors, na região de Eure, na Normandia (norte de França), e era conhecido por, em Kigali, circular armado e com um colete à prova de balas.
Wenceslas Munyeshyaka tem desde sempre clamado inocência, defendendo que fugiu da capital ruandesa por razões de segurança, uma vez que, sustenta, as milícias Hutu acusaram-no de ter sido protegido pelos tutsis.
Segundo dados das Nações Unidas, o genocídio ruandês, que opôs a maioria Hutu à minoria Tutsi, ocorreu entre abril e julho de 1994 e provocou a morte de 800 mil pessoas. Fonte: Aqui