Radio Sol Mansi - A Liga Guineense de Luta contra o Cancro juntou, esta segunda-feira, em Bissau, mulheres de diferentes camadas da sociedade, para sensibilizá-las sobre a necessidade da prevenção do cancro da mama e alertar as autoridades da inexistência de tratamento da doença no país.
A liga é uma organização recente com a missão de contribuir para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, essencialmente nas áreas da saúde e do bem-estar.
“Actualmente o que estamos a fazer é a campanha de sensibilização, o cancro não é uma doença nova mas no país é um fenómeno novo e também as pessoas não querem falar dele, por isso queremos ainda que as pessoas saibam as causas e a forma de prevenir esta doença”, alerta Aissato Dabó, secretária-executiva da Liga Guineense de luta Contra o Cancro.
Aissato Dabó, que teve cancro na mama, alertou que não existe “uma forma exacta da manifestação da doença para todas as pessoas, cada caso é um caso" e a demora no diagnóstico e no tratamento da potologia pode levar a morte.
Ela alerta e lamenta a situação do país que na altura “ não tem nenhuma forma de diagnosticar a doença” e com isso a maioria dos doentes tem de recorrer para o tratamento no estrangeiro.
A palestra foi promovida pela estilista Adéle Gomes que explicou que o objectivo do encontro é juntar as mulheres guineenses e tentar sensibilizá-las a participarem na abordagem do cancro da mama e levá-las a preocuparem-se mais com a saúde e a conheceram os seus corpos principalmente as suas mamas através de apalpações diária" afirma.
Adele Gomes alertou as mulheres no sentido de procurarem ajuda de uma especialista sempre que sentirem algo estranho no seu corpo e alerta que muitas pessoas acabam por morrer de cancro devido ao diagnóstico tardio e à falta de tratamento.
A iniciativa, que decorreu na Assembleia Nacional Popular, foi realizada no âmbito da campanha "Outubro Rosa" e reuniu deputados, organizações não-governamentais e sociedade civil para sensibilizar as mulheres guineenses sobre a importância de realização da mamografia para prevenir o cancro na mama.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes