A sessão de julgamento de Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau que teve lugar esta terça-feira, 24 de Outubro 2017, deve ser retomado no próximo dia 03 de Novembro, depois de mais de três horas de audição no Tribunal Regional de Bissau. Na sequência do mesmo processo, o Tribunal decidiu aplicar medidas de coação a Manuel Irénio Nascimento Lopes, designadamente, termo de identidade de residência, apresentação periódica e obrigação de permanência.
Manuel Irénio Nascimento Lopes está a ser ouvido no âmbito de um processo em que é tido como suspeito de agressão física contra o cidadão Francisco Silva Monteiro, desde 2006 na sequência de um desentendimento entre os dois.
Depois de mais de três horas de julgamento, a Juíza detentora do processo marcou para dia três de Novembro próximo, a continuidade da audição e obrigou Manelinho a apresentar-se duas vezes por semana no tribunal e entregar o passaporte, podendo viajar mediante um requerimento junto ao Tribunal. A saída da audiência, a defesa do suspeito não prestou quaisquer declarações à imprensa, já que o advogado principal está ausente do país, tendo sido representado no Tribunal por alguns advogados do gabinete. Mussa Sanhá, advogado de acusação, mostrou-se satisfeito pelo facto de ter sido possível a realização da primeira sessão de audições, depois de sete sessões falhadas devido a algumas “dificuldades” dos tribunais.
“Felizmente houve a primeira sessão de julgamento, onde foi concretizada fase pré-eliminar do julgamento”, notou o advogado da acusação.
Segundo o advogado, foi iniciado o processo de produção de provas que vão sustentar a veracidade da acusação e passo seguinte, ou seja, a próxima sessão será o término da produção das provas.
Em relação às medidas de coação aplicadas ao suspeito, o advogado considera normal, uma vez que vão impedir deslocação de Manelinho para exterior e permitir que o suspeito permaneça no país até a realização do julgamento. Mussa Sanhá disse, nesse particular, que durante o processo até a sua acusação foi-lhe aplicada apenas a medida de termo de identidade de residência, que acabou por revelar insuficiente para fazer o suspeito comparecer nas anteriores sessões de julgamento.
Mussa Sanhá diz acreditar que essas insuficiências terão levado à Juíza a aplicar as medidas de coação que resultaram na retirada imediata do passaporte ao suspeito.
Por: Alcene Sidibé