De recordar que no início, o Ex-presidente dos EUA, Barack Obama e sua esposa, Michele Obama, foram alvos de descriminação, insultos e campanha negativa por parte de alguma imprensa e das redes sociais. Em pleno século XXI, ser descendente de escravo não é motivo para não afirmar-se em certas sociedades ou no mundo em geral, portanto a mentalidade de alguma imprensa incluindo a portuguesa deve mudar.
Fonte: http://visao.sapo.pt
O príncipe Harry vai casar com uma atriz americana, divorciada, de origem africana e educação católica. “So what?”, perguntam os súbditos, rendidos à ideia de mais uma princesa plebeia.
O príncipe Harry vai casar com uma atriz americana, divorciada, de origem africana e educação católica. “So what?”, perguntam os súbditos, rendidos à ideia de mais uma princesa plebeia.
Tetraneta de escravo
Meghan orgulha-se de ser uma mulher multirracial, filha de uma afro-
americana que usa rastas no cabelo e de um caucasiano arruivado. A mãe, Doria Radlan, é psicoterapeuta e instrutora de ioga, e o pai, Thomas
W. Markle, é diretor de iluminação em televisão com um Emmy no currículo. Um seu tetravô materno era escravo em plantações na Geórgia, tendo sido emancipado com a abolição da escravatura, em 1865. E, do lado paterno, há sangue holandês, inglês, irlandês e escocês. Logo no início do seu namoro com Harry, no verão de 2016, a Casa Real emitiu um comunicado oficial a deplorar os comentários racistas por parte de alguma imprensa e das redes sociais.
Grace Kelly II?
Estudou Teatro durante o curso de Relações Internacionais, e ainda na universidade estreou-se como atriz num episódio de General Hospital, uma série de televisão popular nos EUA. Fez carreira sobretudo no pequeno ecrã, onde interpretou até recentemente a solicitadora Rachel Zane, na série Suits. Mal anunciou, em outubro, que não entraria na oitava temporada, as casas de apostas começaram a especular sobre o seu noivado com o príncipe.
Grace Kelly II?
Estudou Teatro durante o curso de Relações Internacionais, e ainda na universidade estreou-se como atriz num episódio de General Hospital, uma série de televisão popular nos EUA. Fez carreira sobretudo no pequeno ecrã, onde interpretou até recentemente a solicitadora Rachel Zane, na série Suits. Mal anunciou, em outubro, que não entraria na oitava temporada, as casas de apostas começaram a especular sobre o seu noivado com o príncipe.
Uma mulher divorciada
A primeira vez que disse “I do” foi em 2011, ao casar com o produtor de cinema americano Trevor Engelson, na Jamaica. Na primavera, repetirá a frase provavelmente na Abadia de Westminster e em direto para o resto do mundo. A Igreja de Inglaterra aceita divorciados e a rainha Isabel II alterou há dois anos a norma que obrigava os membros da família real a serem anglicanos. Embora tenha estudado em colégios católicos, Meghan não será sequer batizada.
Modelo e humanitária
Entre março e abril deste ano, Meghan deixou de publicar fotografias no Instagram (onde mantém uma conta) e de twittar (idem). E até fechou o blogue de lifestyle The Tig, onde escrevia sobre moda, beleza, comida e viagens. Pelas fotografias e legendas que sobrevivem nas redes sociais dá para perceber que até há pouco tempo os seus dias giravam muito à volta de roupa e acessórios (foi modelo e desenhou algumas peças), lugares (Toronto, Califórnia, Londres e praias paradisíacas) e cozinha (é uma foodie assumida). Mas hoje é o seu lado humanitário que mais brilha – é embaixadora da campanha da World Vision Clean Water canadiana e ativista pela igualdade do género.
(Artigo publicado na VISÃO 1291 de 30 de novembro)