Bissau
- A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) teme
problemas com a aceitação dos resultados das eleições gerais na Guiné-Bissau,
referiu nesta quinta-feira Kabiné Komara, dirigente da missão de observação
eleitoral.
Antigo
primeiro-ministro da Guiné-Conacri, Komara integra uma equipa de 200
observadores dos restantes 14 países da CEDEAO que estão na Guiné-Bissau.
"O problema deste país não reside na organização ou preparação das eleições, mas antes na aceitação dos resultados", disse Kabiné Komara ao falar para os observadores que devem partir ainda esta quinta-feira para as oito regiões onde foram colocados.
Por sua vez, Amos Sawyer, chefe da missão e antigo presidente interino da Libéria, defendeu que a missão de observação que hoje se desdobra no terreno deve trabalhar "de forma afincada" para honrar o nome e as instituições da CEDEAO.
Mais contundentes foram as palavras de Assane Seibou, chefe dos observadores de longo prazo, que pediu que o trabalho seja desenvolvido no sentido de "demonstrar que a CEDEAO está no seu território" perante as outras missões de observação eleitoral.
"Muitas missões de observações estão agora aqui para quando a coisa correr bem virem dizer que eles é que estabilizaram este país. Temos que mostrar que estamos no nosso território", vincou Seibou.
O responsável disse serem mesmo cruciais as eleições de domingo para a Guiné-Bissau pelo que, notou, os observadores da organização sub-regional devem demonstrar fraternidade para com os guineenses "na cidade e nas aldeias".
No passado, disse ainda Seibou, a CEDEAO foi acusada de mandar observadores apenas 48 horas antes da votação, partindo dias depois.
Para mudar essa imagem, a organização decidiu "mandar uma equipa forte" com muitos meses de antecedência, observou.
Assane Seibou tranquilizou os observadores sobre as condições de segurança no
país e ainda sobre a ausência de "quaisquer sinais" do vírus Ébola na
Guiné-Bissau, apesar da proximidade da fronteira com a Guiné-Conacri onde a
doença já fez várias vítimas mortais. Fonte: Aqui