A ONU advertiu que 86 milhões de meninas de todo o mundo poderão sofrer a amputação de seus órgãos genitais externos até 2030 se a prática continuar nos 29 países de África e Ásia onde é mais evidente.
«Há uma necessidade urgente de intensificar os esforços para acabar com essa prática», disse a porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a População, Leyla Alvanak. Mais de 125 milhões de mulheres e meninas no mundo todo foram vítimas da mutilação genital feminina, mais conhecida como ablação.
A ONU lançou um programa em 15 países africanos em 2008 com o objetivo de acabar com essa prática - através da educação e de um enfoque com sensibilidade cultural - no prazo de uma geração (cerca de 25 anos). Nos primeiros cinco anos do programa, mais de 10 mil comunidades renunciaram à prática e a percentagem de mutilações baixou de 53% em mulheres que agora têm de 45 a 49 anos para 36% em adolescentes com idades de 15 a 19 anos.
Além disso, nos últimos anos foram aprovadas leis contra a ablação no Uganda, no Quénia e na Guiné-Bissau. Existem diferentes tipos de ablações. A mutilação de tipo I é a eliminação do prepúcio e do clitóris, e a de tipo II o corte total ou parcial do clitóris, às vezes com o corte dos pequenos lábios. Estes dois tipos são os mais comuns na África Ocidental, enquanto na parte oriental do continente predomina a mutilação de tipo III, que é a ablação total, com sutura dos grandes lábios. Fonte: Aqui
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