Abidjan - Um processo será berto quinta-feira contra nove oficiais ivoirienses, dos quais dois pilares do aparelho de segurança do antigo presidente da Côte d'Ivoire, Laurent Gbagbo, acusados de numerosos abusos, anunciou hoje, quarta-feira, a justiça militar.
Os comandantes Jean-Noel Abéhi e Anselme Sèka Yapo, dito "Séka Séka" e sete outros oficiais serão "julgados amanhã –(quinta-feira NDR)", declarou à AFP o comissário do governo (procurar militar),Abge Kessi.
O processo "tanto esperado e aberto ao público" terá lugar no seio do estado-maior do exército ivoiriense em Abidjan-Plateau por "razões de segurança", prossegui Kessi.
Sete dos oficiais são acusados de "violação de directrizes" enquanto o comandante Abéhi é perseguido por "deserção ao estrangeiro" e "complot", segundo o procurador militar.
Antigo chefe de esquadrão blindado de Agban, o maior campo da polícia do país, baseado em Abidjan, Jean-Noel Abéhi tinha fugido após a crise pós-eleitoral de Dezembro 2010 - Abril 2011, que causou mais de 3.000 mortos e conclui-se pela queda de Laurent Gbagbo.
O oficial foi detido a 05 de Fevereiro de 2013 no vizinho Ghana e extraditado para a Côte d'Ivoire. Ele é considerado por seus detractores e as ONG internacionais como um dos principais responsáveis dos abusos sob o regime de Gbagbo, nomeadamente durante a última crise.
Ele é também suspeito pelo regime do presidente Alassane Quatarra de estar implicado nas tentativas de desestabilização e dos ataques contra as forças de segurança ivoiriense que ocorreu no segundo semestre de 2012.
O comandante Anselme Séka Yapo, ex-chefe da segurança próximo de Simone Gbagbo, a esposa do presidente, é acusado de "assassinato, mortes, branqueamento de capitais na compra de armas, recrutamento de mercenários, criação de milícias.
Este oficial foi um das mais activos da Côte d'Ivoire, descrito por seus detractores como um dos chefes dos "esquadrão da morte" acusados de ter praticado sevícias sob regime do ex-presidente.
Os acusados enfrentam entre "três anos e a prisão perpétua", segundo o procurador militar.
Instâncias militares pós-crise permitiram ao julgamento desde 2012, de 135 militares resultando em seis condenações, um ambiente descontraído e de recurso diante do tribunal supremo.
O general pró-Gbagbo, Brunot Dogbo Blé, que comandava a guarda republicana, já foi condenado a 15 anos de prisão em 2012 por cumplicidade nos assassinato de um oficial
reformado.
O tribunal de assistência de Abidjan o infligido igualmente, em meados de Março, 20 anos de prisão por "atentado à segurança de Estado.
A justiça ivioriense é qualificada de "justiça de vencedores" pela oposição e a sociedade civil por sua incapacidade de prosseguir os autores de mortes do lado pró-Ouattara.
Somente um pró-Ouattara foi colocado em exame no lado do actual chefe de Estado, enquanto os abusos foram igualmente massivos no seu campo. Fonte: Aqui