quarta-feira, 10 de junho de 2015

DESCOBERTO QUÍMICO QUE MATA NO EXTERIOR MOSQUITOS RESPONSÁVEIS PELA MALÁRIA

Investigadores identificaram um novo método para atrair e prender mosquitos fêmeas antes de estes depositarem os seus ovos, o que pode ser uma grande esperança no combate à malária.
 
Estes investigadores, do Quénia, da Suécia e do Reino Unido, dizem que as estratégias que têm apenas como alvo as fêmeas dos mosquitos no interior das casas não ajudam a prevenir a malária, e que por isso são necessários novos métodos, que matem os mosquitos ao ar livre .
 
Num estudo conduzido no Quénia, os cientistas isolaram um químico, o cedrol, de zonas com água, onde as fêmeas depositam os ovos, e também solo onde os mosquitos se reproduzem. Usando armadilhas com o cedrol, que produzem um odor específico, e outras tratadas com água dos lagos, perceberam quais atraíam as fêmeas do Anopheles gambiais.s.s, um vetor comum da malária na África subsaariana.
 
«Ao ser testado, percebeu-se que havia três vezes mais possibilidades de capturar as fêmeas nas armadilhas com cedrol», escreveram os investigadores do Centre of Insect Physiology and Ecology (ICIPE), no Quénia, na edição de 20 de março do Malaria Journal. «As descobertas demonstram pela primeira vez que estas pistas químicas podem ser exploradas para matar os vetores fêmeas.» 
 
Mike Okal, coautor do estudo, explica que «este método de armadilha vai ser uma importante ajuda no combate às infeções por malária, tendo como alvo os mosquitos que resistem aos inseticidas e aqueles que escapam às redes de proteção». Já Ulrike Fillinger, outro coautor, sublinha que, ainda que os casos de malária se tenham reduzido significativamente nos últimos anos, e mesmo estando a luta contra a doença a dar sinais fortemente animadores, mantém-se a necessidade de conduzir mais pesquisas, para explorar esta descoberta agora feita.
 
O próximo passo é proceder a mais testes, para se garantir que este método reduz o número de vetores da malária e também as infeções na região, diz Fillinger. E o foco é claro: em vez de se atacar os mosquitos que estão dentro das casas, o alvo está mesmo naqueles que se mantêm no exterior. Fonte: Aqui