Presidente da República, José Mário Vaz |
O PRS, a segunda força política mais votada, reafirma que não houve consenso em Conacri sobre a figura que vai liderar o novo Governo Inclusivo e de Consenso, disse Florentino Mendes Pereira, secretário-geral do partido.
O grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC volta a condicionar o diálogo com vista ao regresso à partido ao levantamento de todas as sanções impostas pela direcção do PAIGC. Exortam ainda o Presidente da República a usar a magistratura das suas funções com vista à implementação do acordo de Conacri, disse Braima Camará.
Camará insurgiu-se contra as interpretações diferentes que se faz do acordo em Bissau e afirmou que cabe ao Presidente escolher a figura da sua confiança que possa reunir maior consenso possível entre as partes. Ressalva que é reservado ao Presidente o direito de ser o único com responsabilidade de escolher entre os três nomes sugeridos a figura da sua confiança.
Sobre o regresso ao partido, disse que em primeiro lugar este deveria pautar pela resolução de problemas internos e levantamento de todas e quaisquer restrições - extensivo a todos. Para Braima Camará, sem esses condicionalismos está-se a "brincar com a país".
O acordo que Iaia Djalo, líder de PND, assinou em Conacri, não consta a proposta de três nomes para liderar o próximo executivo até final da presente legislatura, disse o próprio à saída de uma audiência com José Mário Vaz.
"Nós não assinamos nenhum acordo em Conacri para a nomeação do Governo e consequente primeiro-ministro", afirma Iaia Djalo, o também conselheiro do Presidente da República, José Mário Vaz.
Para a União para a Mudança, houve um consenso em Conacri sobre a figura para liderar o Governo Inclusivo e de Consenso e cabe ao Presidente respeitar esse acordo.
Segundo Agnelo Regala, líder da UM, caso persista o bloqueio e as divergências, o Presidente da República deverá dissolver o Parlamento e convocar novas eleições legislativas antecipadas.
O líder do PAIGC apelou hoje ao Presidente da República a pôr termo à "grave crise institucional", assumindo as suas responsabilidades de garante da estabilidade governativa.
Para Domingos Simões Pereira, as auscultações promovidas pelo Presidente até com os partidos políticos sem representação parlamentar demonstram que José Mário Vaz está a descredibilizar o acordo de Conacri e a desrespeitar a Constituição da República.
"O Presidente só é Presidente se respeitar a Constituição. Se não... veremos o que lhe vai acontecer", disse.
"O Presidente da República deve garantir o normal funcionamento das instituições. Elas não funcionam. Esperávamos uma atitude diferente do Presidente, o que não encontramos".
Domingos Simões Pereira entende que se o Presidente não tiver soluções deve convocar novas eleições legislativas antecipadas.
O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, Inácio Correia, defende a dissolução do Parlamento guineense caso persistam as divergências à volta do acordo de Conacri.
À saída de auscultação com o Presidente da República, Correia disse que José Mário Vaz tem outra solução que é nomear a figura proposta pelo partido vencedor das eleições legislativas para liderar o próximo executivo.
À saída de auscultação com o Presidente da República, Correia disse que José Mário Vaz tem outra solução que é nomear a figura proposta pelo partido vencedor das eleições legislativas para liderar o próximo executivo.
Fonte: Jornalista, Braima Darame, via facebook, CLIQUE EM LER MAIS PARA VER FOTOS
Florentino Mendes Pereira do PRS Domingos simões Pereira do PAIGC
Agnelo Regala da UM
Iaia Djaló do PND
Inácio Correia, 1º vice-presidente da ANP
Braima Camará representante dos 15 deputados