segunda-feira, 17 de outubro de 2016

PRESIDENTE DO PAIGC DIZ QUE ACEITARAM A PROPOSTA DE UM PRIMEIRO-MINISTRO MEMBRO DO PARTIDO

Radio Sol Mansi, 17 Out 2016 - O presidente do PAIGC anunciou esta segunda-feira que o novo primeiro-ministro já foi escolhido restando apenas o anúncio pelo presidente da república como ficou acordado em Conacri.
 
Domingos Simões Pereira disse que na proposta apresentada no encontro de Conacri figura três nomes entre as quais de um dirigente do PAIGC com o qual concordaram, alegando que deixaram cair sua proposta inicial em que insistiram que o próximo primeiro-ministro deve ser um vice-presidente do PAIGC como partido vencedor das últimas eleições legislativas, “ isto na impossibilidade do presidente do partido”.

“ A proposta que aceitamos é do militante e dirigente do PAIGC que figura naquela lista e que já está escolhido, restando agora o presidente da República anunciar a nação o nome escolhido”, diz.
 
Entretanto, Florentino Mendes Pereira secretário nacional do PRS sublinhou que o chefe do executivo a escolher deve ser da confiança do presidente da república, tendo adiantado que “ o militante do PAIGC que figura na lista não é do consenso”.
 
No entanto, referindo a reintegração dos 15 no partido, Domingos Simões Pereira afirmou que estão com espirito de reconciliação, portanto tudo depende dos dissidentes. “ Todos os representantes da Comunidade internacional no encontro manifestaram o interesse em ver a família do PAIGC reunida de novo, mas mostramos que no partido, o crime deixou de compensar”, para depois lembrar que “ primeiro vão formar o governo e para isso a bancada parlamentar do PAIGC tem que ser reconstituído, alias é uma oportunidade para os 15 regressarem ao partido porque o estatuto do mesmo não é negociável”, concluiu.  
 
De referir que o ultimo ponto do acordo de Conacri cingiu fortemente na reintegração dos 15 sem condicionalismo, mas entretanto, devem obedecer o estatuto e demais leis do partido.
 
Por: Nautaran Marcos Có

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Bissau, 17 Out. 17 (ANG) – O Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), considerou o acordo de Conacri de pondo de partida para a reconstrução da sua bancada parlamentar e oportunidade para os militantes voltarem à casa.
Domingos Simões Pereira que falava hoje num encontro com os dirigentes e militantes do partido no qual esclareceu o acordo assinado em Conacri, frisou que os estatutos do partido são inegociáveis.
Sustentou que o funcionamento de qualquer associação ou organização se baseia na disciplina e nas suas leis internas.
“Temos os estatutos do partido para cumprir e como já frisou os mesmos não são negociáveis. Temos que ser capazes de renovar os nossos compromissos com as leis vigente no PAIGC, para consciencializar a direção superior do partido de que há um facto novo que vai permitir o início do processo de reintegração dos camaradas expulsos do partido “disse.
O líder dos libertadores disse que tudo está nas mãos dos dirigentes em causa, salientando que o partido está imbuído de um espirito de reconciliação e satisfeito porque vê-se um esforço no sentido de promover a unidade e coesão interna do partido.
Simões Pereira afirmou que foram a Conacri mandatados pelos órgãos superiores do partido e de acordo com instruções dos mesmos, vão defender só um princípio que é o PAIGC que ganhou as eleições e deve ser ele a designar o próximo Primeiro-ministro, razão pela qual e  de acordo com os estatutos do partido, na impossibilidade de ser o Presidente é o primeiro vice-presidente que deve ocupar o cargo de Primeiro-ministro.
“Por isso voltamos a propor o nome de Carlos Correia para chefiar o novo Governo, mas reconhecemos que as nossas instituições da república estão bloqueadas e o país está parado e era preciso aproveitar esta oportunidade que os parceiros internacionais nos dão por isso o partido cedeu “,contou .
Para Domingos Simões Pereira, as justificações dos facilitadores nas negociações e a realidade da situação vigente no país obrigaram ao partido a aceitar a proposta de ser o primeiro magistrado da Nação a indigitar os nomes onde sairá o Primeiro-ministro que vai dirigir o destino da Guiné-Bissau até as próximas eleições legislativas de 2018.
O Presidente dos libertadores disse que nos três nomes dados pelo chefe de Estado já foi escolhido um, e, segundo ele, cabe ao Presidente da República anunciar aos guineenses quem é o escolhido.
“Nos três nomes propostos, um deles é a figura próximo do Presidente da República, o outro é uma figura indepedente e o terceiro, por sinal, é um dirigente do PAIGC no qual a nossa escolha recaiu. Agora o que está no acordo é que a pessoa deve ser da confiança do chefe de Estado e de consenso entre os partidos políticos representados na Assembleia Nacional Popular “, vincou.
Domingos Simões Pereira reconheceu que o país está a enfrentar uma situação difícil e que é necessário que cada um seja capaz de congregar os esforços para poder desbloqueá-lo.  
ANG/MSC/JAM/SG