sexta-feira, 21 de outubro de 2016

INDEPENDÊNCIA NACIONAL

Fonte: Emplastro (ver link a direita)obrigado irmão estamos juntos.

Domingos Simões Pereira, formatado na cultura PAIGC de apropriação do Estado, parece incapaz de se adaptar a qualquer esforço com senso no sentido de, sequer, ouvir os outros. Sempre com o «rei na barriga» e centrado no próprio umbigo, repete-se até à exaustão, teimando em impor-se aos guineenses. O primeiro passo, para negociar o que quer que seja (e mesmo que não haja depois acordo) é ouvir os outros (claro que depois há muitos mais passos, como capacidade de síntese, originalidade, flexibilidade, etc).

Se Domingos se dignasse ouvir, teria prestado atenção às declarações de Florentino Mendes Pereira, à partida para Conacri, quando afirmou que o PRS não se opunha a uma nomeação independente para a chefia do governo. Ou seja, o PRS, ao contrário das acusações com que reiteradamente o mimoseiam, não está interessado em reivindicar o poder (inteligentemente e talvez dada a «fragilidade» desse poder que os colocaria numa indesejada dependência dos 15), quer dizer, em transformar-se num PAIGC II, em mais do mesmo.

Se Domingos estivesse atento, teria reparado que, manter a teimosia em si próprio e depois em Carlos Correia (o mesmo filme dos últimos 18 meses) estava ultrapassado, e não era posição defensável. Se Domingos fosse esperto, teria pegado logo no Olivais, e feito dele cavalo de batalha, não o guardava para plano B, já depois do gong. No entanto, já são muitos SEs. Se cá nevasse, fazia-se cá ski, se Domingos fosse isso tudo, hoje seria Primeiro-Ministro. Se a minha avó tivesse tomates era o meu avô.

Este nihil obstat do PRS parece constituir-se como uma chave assertiva de resolução da crise. Uma solução quase salomónica de desempate. Nem uns nem outros. Ensaie-se algo novo: postura promissora e responsável. Para além de, naquele contexto, a palavra INDEPENDENTE assumir especial valorização; tem uma outra vantagem, em termos de igualdade de géneros, pois dá para os dois lados, masculino e feminino, o/a. Sim, que uma mulher taxista, soa bem, mas um homem nesse feminino? Não contar aos taxistas esta anedota...