segunda-feira, 17 de outubro de 2016

CRISE POLÍTICA: LÍDER DO PAIGC ADMITE POSSIBILIDADES DE O “ACORDO DE CONACRI” ACABAR COM IMPASSE

Bissau,17 Out 16(ANG) – O Presidente da Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), admite a possibilidade de o acordo de  Conacri  tirar o país da situação do impasse e desbloquear as instituições e permitir a formação de um governo de inclusão.
 
Domingos Simões Pereira, em declarações à RDP-África, disse contudo que não é o acordo ideal. 

O referido Acordo foi assinado no passado dia 14 do corrente em Conacri entre as partes desavindas da crise política no país sob a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) e determina que o Primeiro-ministro seja indigitado pelo Presidente da República.

“Digo que não é ideial porque o ideal sempre é o partido vencedor das eleições, observando os seus ditames internos proceder a escolha. Entende-se que, tendo em conta a própria fragilidade das instituições na qual a CEDEAO viabilizou um acordo, que era importante permitir que a escolha do primeiro-ministro observasse a disposição no sentido de poder trabalhar com o Presidente da República”, explicou.

Domingos Simões Pereira sublinhou que nessa perspeciva, o Presidente da República apresentou três propostas, sendo uma que ele considera de figura independente, outra do integrante do grupo dos 15 e última de militante e dirigente do PAIGC.

“Perante essas três propostas, o PAIGC enquanto partido vencedor das eleições tem as perrrogativas de puder escolher e já fez a sua escolha que anunciará brevemente”, informou.

Em relação ao processo de integração dos 15 deputados dissidentes do partido, o líder do PAIGC disse que isso fez parte do processo, acrescentando que isso deverá começar pela recomposição da sua Bancada  Parlamentar o que irá permitir que o partido reponha a sua maioria na Assembleia Nacional Popular.

“A partir daí espera-se que os 15 vão  respeitar a disciplina interna, a orientação do partido que será uma parte determinante em poder convencer os militantes e os órgãos competentes do ´partido a iniciar o processo da sua reintegração, explicou Domingos Simões Pereira.
ANG/RDP-África