quinta-feira, 20 de outubro de 2016

ESTADO-MAIOR GUINEENSE QUER ERRADICAR ANALFABETISMO NO SEIO DOS MILITARES

O Estado-Maior General das Forças Armadas quer erradicar o analfabetismo no seio dos militares guineenses. Neste sentido, o Estado-Maior e a organização da Sociedade Civil reuniram-se, hoje, 20 de outubro 2016, na segunda conferência de aproximação entre a classe castrense e a sociedade civil.

O encontro decorreu sob lema “No Sindi Um Vela Nacional”. Um assunto que, José Sambú, representante de Estado-Maior General das Forças Armadas, na segunda conferência de aproximação entre a classe castrense e a sociedade civil, espera que não se limite apenas no lema proposto, mas sim erradicar o analfabetismo no seio dos militares.

“Apreendemos a escrever como primeiro passo, porque o processo era de luta de libertação e evoluímos em função da necessidade que havia de manipular algumas armas e assim seguimos passos iguais com o mesmo processo até Conacri”, lembra antigo guerrilheiro guineense nas matas de luta pela independência do país.

O Pastor Cipriano Correia Cá, da Sociedade Civil, disse que a conferência visa permitir que os militares sejam “líderes servidores”, capazes de lidar com conflitos de natureza social.
O líder religioso defende, por isso, a necessidade de os jovens da classe castrense começarem a pensar na mudança de mentalidade e “fechar a porta de liderar para monopólio, e passar a liderar para beneficiar todos”.

“Isso passa pelo respeito às leis da constituição e não o incumprimento da lei e, consequentemente permitir as pessoas compreenderem o espírito de conflito, como aderir a um conflito e quais as consequências de um conflito”, explica.

No ato, a ONG italiana “Mani Tese”, entidade financiadora do encontro, distribuiu cerca de seiscentos mil cadernos, incluindo canetas e outros materiais didáticos a mais de seis organizações da sociedade civil parceiras que atuam, sobretudo, no âmbito da educação não formal.

No capítulo de alfabetização, a conferência decorreu sob tema “Rever o Passado
e Escrever o Futuro da Alfabetização”.


Por: Filomeno Sambú