Abidjan - Pelo menos 6,2 milhões de Ivoirienses vão, domingo, às urnas para as legislativas que poderá dar a maioria aos partidários do chefe de Estado, Alassane Ouattara.
A campanha eleitoral de uma semana, iniciada sábado termina hoje, sexta-feira, a noite e decorreu sem incidentes.
Para o pleito eleitoral, foram desdobrados 30.000 membros das forças de segurança, para prevenir quaisquer distúrbios, porque ocorreram vários incidentes nos últimos meses com ataques a esquadras de polícia e de gendarmes.
A coligação presidencial, o Rassemblement des Houphouëtistes pour la Démocratie et la Paix (RHDP - em português - Agrupamento dos Houpouetistas para a Democracia e a Paz), luta por uma maioria absoluta à Assembleia, composta por 255 deputados.
"Dão-me uma forte maioria para me permitir acelerar os trabalhos que tenho como objectivo para os quatro anos a seguir”, disse Alassane Ouattara (ADO), que vende os méritos do seu balanço económico para convencer os eleitores.
A maioria dos observadores e mesmo alguns opositores reconhecem os méritos económicos de ADO, cujo balanço político é o mais mitigado com uma reconciliação nacional por realizar, uma justiça criticada e uma nova Constituição, adoptada após um referendo boicotado pela oposição.
ADO dispõe até aqui de uma maioria esmagadora na Assembleia, porque a oposição tinha boicotado as legislativas de 2011, que foi realizada a seguir crise pós-presidenciais, cujos resultados foram recusados pelo então presidente Laurent Gbagbo.
Gbagbo ao recusar reconhecer a sua derrota face a Ouattara mergulhou o país numa guerra civil que causou 3.000 mortos.
Desta vez, uma parte da Frente Popular Ivoiriense (FPI), antigo partido de Gbagbo - actualmente a ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), decidiu participar às eleições.
Segundo o seu líder, o antigo primeiro-ministro Pascal Affi Nguessan, a política da cadeira vazia não trouxe frutos, acrescentando que a batalha a seguir é de mobilizar os eleitores para conquistar a Assembleia Nacional.
Mas, outro braço do FPI, "contestatários" que se dizem fiéis a Laurent Gbagbo, apelam ao boicote das legislativas.
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